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Opinião
20/01/2010 - 15h14
Ensinar o que?
Benedicto Ismael Camargo Dutra
 

As crianças nascem, recebem muitos cuidados nos primeiros meses de vida, e muitas delas são logo encaminhadas para creches e escolas infantis, porque seus pais precisam trabalhar. Mas o que aprendem as crianças?

Evidentemente, elas deveriam receber preparo para a vida. Tudo que lhes é ensinado deveria ter esse objetivo, sejam os contos de fada que favorecem a imaginação criativa, a leitura e as continhas, a música, as belezas encontradas nos jardins e hortas, a alegria dos pequenos animais, a grandeza da natureza.

Deveriam aprender sobre a origem da Terra e do ser humano, mas isso acabou se transformando em teoria religiosa cheia de dogmas dissociados da realidade natural estudada pelas ciências.
Deveriam aprender economia doméstica para aprender a lidar com o dinheiro e saber o que comprar. O Brasil é muito rico em alimentos. Verduras, legumes, tubérculos, frutas carnes e cereais existem em grande quantidade, mas poucas pessoas aprenderam a se alimentar de forma adequada sem precisar gastar muito. A alimentação errada custa mais caro e não é saudável, favorecendo o surgimento de doenças. No entanto, as crianças são seduzidas para alimentos pouco saudáveis, para gastar o que tem e o que não tem em bens supérfluos, e não aprendem a fazer uma reserva de segurança e liberdade. Ou então as crianças se tornam presas fáceis da propaganda e os pais reféns das crianças, obrigando-se a aquisições inadequadas e acima de suas posses.

Fomos direcionados para a necessidade de consumir os bens disponíveis para venda como meio de obter a felicidade. Sem possuir ou consumir, muitas pessoas foram habituadas a crer que são infelizes por isso. O consumo deve ser orientado com bom senso e disciplina para não criarmos uma situação deficitária na casa. Os indivíduos precisam despertar para essa percepção. As famílias precisam ficar conscientes de que a felicidade não está diretamente ligada à quantidade de bens consumidos. Eles podem nos ajudar, mas não são garantia da felicidade.

As famílias precisam conversar sobre suas necessidade e suas possibilidades. Não é recomendável gastar mais do que se ganha, é necessário poupar, fazer uma reserva para ter segurança e independência. É preciso definir o que se quer e como conseguir, isto é, é necessário definir o que queremos da vida e planejar nosso futuro com bom senso e firmeza.

Estamos tomando consciência de que os norte-americanos foram direcionados para o consumo e para o uso do cartão de crédito sem limitações, assumindo compromissos elevados e que agora, com a crise, se encontram em situação difícil, pois muitos perderam o emprego e a ilusão de riqueza promovida pelas Bolsas de Valores. Desempregados ou com salários reduzidos não conseguem pagar as contas vencidas e a vencer.

A peregrinação pela vida não pode se transformar numa jornada de consumo. Ensinar tudo isso para as novas gerações é de fundamental importância para a própria sobrevivência, e para a conquista da paz e da felicidade.


Nota do Editor: Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, articulista colaborador de importantes jornais de São Paulo e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Atualmente, é um dos coordenadores do www.library.com.br, site sem fins lucrativos, e autor dos livros Encontro com o Homem Sábio, Reencontro com o Homem Sábio, A Trajetória do Ser Humano na Terra e Nola – o manuscrito que abalou o mundo, editados pela Editora Nobel com o selo Marco Zero. E-mail: bidutra@attglobal.net.

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