Quem te vê percebe sua grandiosidade, sua luz e seu movimento! Terra dita da garoa, mas rica em belezas e oportunidades. Seu existir me permite dizer palavras diferentes e não expostas em nosso vocabulário: “felizcidade” São Paulo! Somos felizes por morar em seu ventre, por caminhar sobre seus limites tão extensos e enaltecer sua generosidade. Muitos desejam lhe conhecer, mas poucos conseguem compreender que os movimentos que te alimentam é o de crescer. Crescer para todos os lados, em todos os sentidos! Olhamos os grandes edifícios e nos perdemos em sua floresta composta de ferros e cimento. Isso não importa! O que importa é o encontro, a dimensão de suas culinárias vindas de muitos países. Temos a melhor pizza do mundo, temos os melhores bares e restaurantes que embriagam e alimentam nossas necessidades gastronômicas. É, São Paulo, quem não te conhece, desconhece... a luz que não se apaga, a vida que não dorme! Sempre há tempo para um lanchinho fora de hora, mas em que hora? Basta que tenhamos fome! Fome de integração e oportunidades. As oportunidades estão em suas ruas, escritórios, fábricas e faculdades. São Paulo dos nordestinos que te constroem, dos chilenos que te costuram, dos japoneses que fritam seus pastéis, dos árabes com seus kibes, dos italianos e suas massas. São tantos os imigrantes que chegados a ti passam a se sentir brasileiros. Eles te agradecem e expõem a você suas culturas que fermentam sua vida e a vida de seus moradores. Suas avenidas são veias que transportam o seu sangue em movimentos difíceis, nervosos, mas necessários. Em muitas ocasiões encontramos o nervosismo de motoristas engarrafados na pressa de trabalhar e engrandecer sua riqueza. Uma riqueza feita de sacrifícios, suor e determinação! Quem te ama não te trai, não abandona ou te esquece. O esquecimento não acontece, pois seus museus guardam tuas lembranças: Independência ou morte! Assim fez D. Pedro I às margens do Rio Ipiranga. Amores acontecem no olhar faceiro dos caminhantes que percorrem seu metro que adentra em suas terras como se quisessem fecundar suas entranhas. Estamos de um lado ao outro, em cima ou embaixo! Parecemos formigas em busca de nosso formigueiro. Assim é você São Paulo, terra de poetas, escritores cantores, artistas e pintores. Somos um pedaço, uma estrutura que forma sua existência! Olhando ao nosso redor assistimos um baiano dizer: “Alguma coisa acontece no meu coração quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João”. Assim como o cantor e poeta Caetano Veloso, aprendemos a sentir sua energia, sua riqueza, sua importância. Obrigado São Paulo por suas feiras, lojas e grandes shoppings! As lindas praças que estimulam os namorados, os estádios de futebol que divertem os torcedores, os parques que mantém seu verde e criam um espaço especial para os andarilhos se exercitarem. Há tanto o que agradecer que será impossível transcrever tudo o que você nos devolve! 25 de janeiro é um dia de festa, de comemorar! Devemos esquecer as coisas más que temos de compartilhar em suas ruas. Eu sei que você chora! Mas tenha certeza que cada um de nós amamos fazer parte de ti. Seu coração é dividido em dois belos aeroportos que trazem de outros céus novos descobridores e antigos apaixonados por tua força e luz. As rodoviárias trazem até seus pulmões o ar que impulsiona a sua coragem. Que Deus possa alimentar em nós a visão pura e honesta de seu desejo! Que sejamos dignos de enaltecer a tua clareza e sua juventude. Assim como diz o trecho de uma canção: “Moro em Jaçanã, se eu perder esse trem que sai agora às onze horas, só amanhã de manhã.” Quem não embarca em seu trem fica para trás. Quem não te reconhece nunca encontrará um espaço, um lugar, uma expressão exata da luminosidade de um povo paulistano vindo de todos os lugares, de todas as culturas e de tantas linguagens. Feliz aniversário São Paulo! Nota do Editor: Eder Roberto Dias (ederoamorsemprevence@bol.com.br) é autor do livro “O Amor Sempre Vence...”, publicado pela Editora Gente.
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