O conhecimento é a chave para a prevenção
A qualidade do alimento oferecido à população é uma preocupação das instituições de saúde. Há a necessidade de se introduzir nas práticas de controle da qualidade dos alimentos e na manipulação algumas condutas permanentes. As DTA, Doenças Transmitidas por Alimentos, são um grave problema de saúde pública em todo o mundo. Das mais de 200 doenças causadas por alimentos poucos são os registros de diagnósticos das infecções. Ao examinar o processo de fabricação dos alimentos "prontos para o consumo", a manipulação surge como uma das principais causas da contaminação, o que pode comprometer a qualidade, a segurança e a qualidade microbiológica do produto. O impacto das boas práticas na manipulação para a segurança alimentar é grande. Os "alimentos da rua", geralmente manipulados em locais públicos, são fonte de contaminação, em função da exposição, aspectos higiênicos, armazenamento entre outros fundamentais ao processo de preparação e conservação. Tornar a prevenção como uma prioridade é fundamental. A CDC (Centers for Diseases Control) em uma coleta de dados em 10 estados dos EUA relacionados a doenças transmitidas por alimentos, registrou em 2005 um total de 16.614 casos de infecções, sendo que 6.471 eram de Salmonella. A bactéria é registrada como a mais incidente em surtos de DTAs. Um estudo realizado em São Paulo, constatou que 95% dos surtos estavam associados ao consumo de alimentos com ovos crus ou mal cozidos. Estes foram os principais veículos de transmissão de dois terços dos casos investigados. Estes registros deveriam ser divulgados maciçamente na tentativa de alertar sobre os cuidados que as preparações que contenham o ingrediente ovo demandam. Alguns projetos e iniciativas de órgãos relacionados à preocupação com a saúde, tentam ampliar o controle dos processos de produção dos alimentos. Conhecido no Brasil como APPCC, Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, é uma "ferramenta" que objetiva o controle de contaminantes alimentares, utilizado em nível internacional, no intuito de evitar problemas à saúde do consumidor. Assim como este sistema, há outros como um recente serviço de inspeção da segurança dos alimentos implantados em Washington pelo Secretário de Agricultura Tom Vilsack e a Secretária de Saúde e Serviços Humanos, Kathleen Sebelius. A Food and Drug Administration, um órgão governamental responsável por proteger a saúde pública, também contribui com este propósito de garantir a qualidade dos alimentos através da instrução dos produtores, na tentativa de diminuir a probabilidade de possíveis contaminações. Dados revelam uma situação alarmante e apontam para necessidade vigente de um programa de educação permanente que seja eficiente , como alerta epidemiológico que consequentemente possibilite uma melhor qualidade de vida.
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