Taí. Classificador de pintos. Uma boa profissão para realocação profissional de alguns servidores municipais, sejam concursados ou não, detentores de cargos de confiança ou não, eleitos ou não. Quando, por enfado ou desilusão, por assédio moral ou assédio de corruptores, que sempre os há, ou simplesmente por cansaço ou ineficiência, quando o fiscal não fiscaliza, o ouvidor ouve mas não escuta, o chefe de obras vive obrando, o próprio prefeito busca novos culpados e derrama-se em choramingações, é o caso de pensar em cursos de reciclagem, cursos de motivação, ou sei lá o quê. Tomemos o caso da merenda escolar, que já deveria estar universalizada no Brasil. Há notícias de várias iniciativas, desde hortas comunitárias até atividades de terapia (hortas e granjas cuidadas por idosos, drogadictos ou crianças abandonadas, por exemplo), o que talvez viesse a ser o caso. Para quem se sentir melhor trabalhando a terra de maneira mais varonil, talvez fosse o caso de encaminhar para trabalho no mandiocal do Gonçalo, ou algum outro, similar, na barranca do rio Grande, nas terras da Emdurb. Claro que, se for no Bairro da Pipoca, não serão os mesmos carás do Rio Indaiá, que fornecem mandioca já ralada, "prontinha para ser forneada", no dizer do Julinho. Talvez sejam mandiocas com um misto de sabor de cará com asfalto. De fato, entre mandiocais contaminados por asfalto e granjas com seus classificadores de pintos, rir um pouco da tragédia administrativa de Ubatuba não resolverá nada, mas talvez nos torne um pouco mais leves - e atentos, para evitar repetição desse estado de coisas. De qualquer forma, vale o lembrete do Marcos Guerra, há funcionários estatutários competentes, à espera de oportunidade e condições adequadas de trabalho. Nota do Editor: Elcio Machado (elciomachado@ubaweb.zzn.com), 55, é recém-ingresso na tribo dos Bebe, à espera de ser batizado como Elciobebe, caiçara em construção. Mantém o blog Exercícios de Cidadania (cidadania-e.blogspot.com).
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