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23/02/2010 - 08h00
Ubatuba: Temporada de verão 2009 / 2010
Claudino Velloso Borges Neto
 

Amigos,

A temporada se foi e deixou a todos, que dependem do turismo, frustrados e preocupados com o baixo movimento e faturamento.

Esse fato merece uma profunda reflexão:

Até que ponto somente as chuvas foram responsáveis pela queda no movimento?

Tivemos, sim, fortes chuvas no Réveillon, que interromperam a rodovia Oswaldo Cruz do dia 1º até as 11 horas do dia 04 e a rodovia Tamoios parcialmente interrompida no mesmo período. Depois disso, apenas as chuvas de verão – de final de tarde – e assim mesmo em alguns dias, diferente das temporadas passadas quando chovia toda tarde.

Se tivemos a chuva forte durante o Réveillon, como explicar que o movimento de dezembro, até o Natal, também foi fraco?

E por que o movimento após o Réveillon não se recuperou?

Na década de 80, o saudoso Augusto Pagliacci – hoteleiro com larga experiência e que trocou a hotelaria de Campos do Jordão por Ubatuba – dizia que “precisamos vender a baixa temporada, porque a alta temporada se vende sozinha”. E isso era uma verdade naquela época.

Hoje, apesar dos esforços para “vender” a alta temporada, conseguimos apenas esse resultado frustrante.

Serão os hotéis de Ubatuba responsáveis por essa baixa procura na temporada?

Certamente que não. Nossos hotéis e pousadas estão entre os melhores do litoral de São Paulo e sul fluminense.

Da mesma forma, nossos restaurantes oferecem a melhor gastronomia desse litoral.

Ora, se temos as melhores praias, uma vegetação exuberante, os melhores hotéis e pousadas e a melhor gastronomia, estamos próximos dos principais centros emissores de turistas (mais de 30% da população brasileira e 50% do PIB está a até 300 km de Ubatuba) por que tivemos esse fraco movimento na temporada?

E a resposta pode ser encontrada analisando-se a temporada do ano anterior... senão vejamos:

1) A viagem a Ubatuba e o retorno, devido ao grande fluxo de veículos, era uma tortura. De Ubatuba a São Paulo, por exemplo, que demora em média 03h30m chegava a durar 5 ou 6 horas em finais de semana normais e até 8, 9 horas no Réveillon e no Carnaval;

2) Aqui chegando, o trânsito na cidade e nos acessos às praias eram intermináveis congestionamentos. Levava-se horas para percorrer um trajeto de poucos minutos e, quando chegava ao destino, descobria-se que não havia onde estacionar o carro;

3) Nossas principais praias mais se parecem a uma feira livre, onde pode-se comprar de tudo, desde petiscos e bebidas a óculos de sol, cangas, redes, bijuterias, ou seja, o turista tem que ficar se defendendo de centenas de vendedores ambulantes (a maioria sem qualquer licença da Prefeitura) que ficam tentando lhe empurrar, a qualquer custo, suas mercadorias;

4) À noite, para chegar às únicas opções de atividades, que estão hoje concentradas na avenida Leovigildo e rua Guarani, como o shopping, os restaurantes, sorveterias e lojas de artesanato, era outro congestionamento sem fim;

5) Outra opção, que poderia ser a avenida Iperoig está impraticável. Estabelecimentos como, Hlera, Bar Império e correlatos, os carros com seus potentes alto falantes ligados a todo volume etc., está imprópria para o turista e sua família.

Ou seja, durante o dia não se consegue descansar... e a noite não se consegue dormir!

Aí chegamos ao ponto de fervura com o confronto de freqüentadores da “bagunça” da avenida Iperoig (a maioria é de moradores da cidade) com a polícia.

Vamos pensar um pouco... Por que voltaríamos a um lugar como esse?

Acho que é hora de cairmos na real e pensar o que fazer de nossa cidade.

Só os hotéis, pousadas, restaurantes e comerciantes, mesmo que se unissem todos, não teriam capacidade de resolver tamanho problema.

Só a Prefeitura, mesmo que tenha visão e boa vontade, também não resolveria sozinha.

O primeiro passo deve ser dado no sentido de dar à atividade turística a importância que ela tem para a economia de nosso município. É essa atividade, especialmente na alta temporada, que garante a manutenção de milhares de empregos na baixa temporada.

É preciso que alguém, na administração municipal, esteja focado na atividade turística e suas necessidades, planejando e antecipando ações. Essa pessoa deveria ser o secretário de Turismo, mas para isso deveríamos ter um secretário que entendesse da atividade. A troca do antigo secretário Luiz Felipe pelo atual foi um completo desastre e demonstra bem a importância que o turismo tem para o prefeito Eduardo Cesar.

Se queremos e precisamos mudar, com a palavra o Senhor Prefeito!

Claudino Velloso Borges Neto
Presidente do Sinhores
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Ubatuba
detur@sinhoreslitoralnorte.com.br

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