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Crônicas
02/03/2010 - 13h15
Volta as aulas sem revolta
Antonio Brás Constante
 

Dizem que a grande maioria dos estudantes não gosta da chamada “volta às aulas”. Eu particularmente não lhes tiro a razão. Afinal, depois de passarem alguns meses em deliciosa ociosidade, curtindo praias, festas, viradas de ano e belas mulheres desfilando seus corpos esculturais ou mesmo rapazes fazendo o mesmo para elas, tudo isto embalado em um clima de descontração e alegria, agora se vêem obrigados a voltar a estudar (“para garantir seus futuros” é o que ouvem). Quem consegue manter o bom humor em uma situação dessas?

De uma hora para outra os jovens (de toda e qualquer idade), são tirados do paraíso e jogados novamente no mundo das normas, tendo que trocar as roupas de praia por uniformes, as noites de festas por madrugadas de estudos, os filmes, barzinhos e baladas, por provas, testes e aquelas matérias que insistem em não entrar em suas cabeças.

Realmente se pararmos para pensar, não dá para querer ouvir gritos de felicidade dizendo: “Até que enfim as aulas voltaram. Viva a geometria analítica!”. Ou “Adoro álgebra, cálculo diferencial e amo a fórmula de Bhaskara, de tal forma que cheguei a tatuá-la em meu braço!” (daí eu tirei zero porque a professora achou que eu estava colando).

Na realidade, o mundo em que vivemos é regido por regras e padrões, onde aprender faz parte do jogo. Aliás, se analisarmos bem, as aulas são uma espécie de jogo, em que os participantes podem vencer (sendo aprovados), ou perder e ter que repetir o ano.

Se os estudantes resolverem mergulhar nesta competição e encararem a escola como um desafio, demonstrando que eles são inteligentes o suficiente para superarem suas fases (digo, seus semestres), poderão assim demonstrar o seu valor (pois querendo ou não, somos uma marca que é forjada a partir da escola para alimentar um monstro chamado de mercado de trabalho). Superar limites na vida real traz recompensas bem maiores e melhores do que superar os desafios que possam existir em qualquer tipo de game, e ainda temos o bônus de poder aprender muitas coisas interessantes, mesmo que tenhamos de nos sujeitar a “aprender” também muita coisa inútil.

Sem falar que o mundo estudantil é ótimo lugar para se fazer amigos, paquerar e ficar por dentro de tudo que diz respeito ao universo jovem – só peço que fiquem longe das drogas, porque se fosse para fazer coisas burras como se drogar, não haveria necessidade de se estudar, não é?

Sei que muitos dos ídolos que andam por aí ganhando milhões, não têm muito estudo. Mas se pensarmos que de cada dez pessoas que estudam, uma grande parcela delas consegue emprego (inclusive bons empregos), enquanto os milhares de outros indivíduos que não estudam, passando o dia jogando o seu precioso tempo fora, acabam sem emprego, sem futuro e na miséria, vou deixar para vocês a análise de qual caminho escolher. Mas pensem bem, pois na escola quando erramos podemos tentar novamente, porém, na vida nem sempre temos outra chance.


Nota do Editor: Antonio Brás Constante (abrasc@terra.com.br) é escritor.

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