Quem sofre de hérnia de disco convive com a seguinte pergunta: a cirurgia é mesmo a única forma de curar a doença? Felizmente, não. De acordo com o médico reumatologista, Carmo Gonzaga de Freitas, a hérnia de disco da coluna cervical e lombar pode ser tratada de forma simples e apenas 5% dos casos requerem intervenção cirúrgica. “Inicialmente, o tratamento é feito com medicamentos, exercícios e fisioterapias. A cirurgia só é necessária se, em seis meses, o paciente não responder a esses tratamentos e apresentar alteração neurológica, como perda de força e controle de membros”,explica. A hérnia de disco ocorre quando a parte central do disco das vértebras da coluna, chamada de núcleo pulposo, “escorrega” para trás ou para o lado de dentro do canal vertebral. “Quando a musculatura paravertebral e abdominal ficam fracas por um período prolongado, o anel fibroso rompe e deixa o núcleo pulposo escorregar para trás encostando nas fibras nervosas do nervo ciático. Essa compressão causa dor irradiada para barrigas ou pernas”, ressalta Carmo Gonzaga. O reumatologista diz que os sintomas mais comuns da doença são formigamento, com ou sem dor na coluna, geralmente com irradiação para membros inferiores ou superiores. Já quando a hérnia está localizada no nível cervical, pode causar dor no pescoço, ombros, escápula, braços, tórax e estar associada à diminuição da sensibilidade ou fraqueza nas mãos ou dedos. Carmo Gonzaga afirma que, apesar da doença ser mais comum em pessoas com mais de 35 anos, alguns cuidados no dia-a-dia são importantes para pessoas de qualquer idade que queiram prevenir o problema. “Durante o dia, mantenha a postura correta, sente-se com as pernas dobradas em 90 graus e ande a cada 50 minutos. Fazer alongamento e praticar atividade física regularmente também são fundamentais”, finaliza.
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