Livres da catarata, as mulheres recobram a autonomia e a qualidade de vida
Bem que parece, mas não há evidências científicas de que a catarata acometa mais mulheres do que homens. Ocorre que elas procuram assistência com maior frequência, estando mais presentes nos consultórios oftalmológicos do que eles. Mais que uma questão específica de visão, a catarata compromete a qualidade de vida por reduzir a autonomia. Trata-se de uma lesão ocular que se caracteriza pela perda progressiva da transparência do cristalino, que é a lente natural do olho e que tem a função de ajudar a córnea a focalizar o que vemos. Sem a segurança oferecida pela visão, é natural que a pessoa limite suas atividades. O tratamento é cirúrgico e conta, hoje, com avançada tecnologia. "São realizadas microincisões através das quais o oftalmologista implanta lentes intraoculares. Antes disso, é realizado um procedimento chamado facoemulsificação, que usa o poder do ultrassom para ’quebrar’ a catarata que é posteriormente aspirada", descreve Dr. Daniel Moon Lee, chefe do Departamento de Catarata e Glaucoma do Inob (www.inob.com.br). Há diversas lentes intraoculares no mercado. As multifocais fazem mais sucesso junto ao público feminino - em especial nas pacientes a partir dos 40 anos, que já apresentam miopia, hipermetropia ou presbiopia - conhecida como "vista cansada". A cirurgia de catarata com implantação de lentes multifocais pode conciliar o tratamento da doença e das demais alterações. A cirurgia pode deixar as pacientes livres do uso de óculos ou lentes de contato. "A cirurgia melhora a qualidade de vida das pacientes. Elas costumam relatar que se sentem mais seguras ao andar pela própria casa, diminuindo o risco de quedas com consequentes fraturas, o que pode ser extremamente perigoso para pessoas idosas. Além disso, ficam mais independentes dos familiares para a realização de atividades domésticas, por exemplo", descreve. O processo de recuperação varia de acordo com cada paciente, mas em média é possível retomar as atividades de rotina em 6 dias. Durante o primeiro mês, a paciente deve visitar o médico para avaliação pós-operatória e, após esse período, consultas de rotina são suficientes.
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