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Opinião
21/03/2010 - 18h13
Defender a vida é uma questão de educação
Eloísa Marques Miguez - Pauta Social
 

Dois aspectos têm penetrado e "contaminado" os julgamentos éticos que definem atitudes no dia-a-dia. Primeiro, o afã utilitarista - imediatista: diante de qualquer problema a ser resolvido, qualquer ato se torna válido para resolvê-lo, independente de critérios éticos claros, desde que concorra em benefício próprio. Segundo, a eleição do prazer e a recusa da dor como valores máximos, o que reforça o próprio utilitarismo. Esta influência atinge toda a pessoa em suas mais diversas circunstâncias existenciais, sobretudo quando esse valor primário, que é a vida humana, se encontra sob ameaça, seja diante de uma doença incurável, seja diante de uma gestação não planejada. Como julgar e decidir frente a essas questões?

O discernimento diante da ciência e das novas tecnologias não pressupõe, por sua vez, uma negação da pesquisa científica, mas a consciência de que a ciência existe para o bem das pessoas e não para a afirmação de poder dos indivíduos. A prática da ciência deve submeter-se, portanto, ao juízo ético. Defender a vida é essencialmente uma questão de educação. Justamente porque as ameaças à vida são conseqüências práticas de uma cultura que mistura valores e contravalores, ou melhor, de uma cultura que vem apresentando como um bem ideias e práticas que atentam contra a dignidade da pessoa humana.

A consciência, que na verdade deveria nos interpelar, questionar e iluminar, se encontra tantas vezes ofuscada precisamente naquilo que toca o valor fundamental da vida humana: no aborto, uma nova vida torna-se sinal de desesperança; na eutanásia, matar é visto como ato de amor. Não podemos deixar de reconhecer que vivemos hoje uma “cultura de morte” que se apresenta, muitas vezes, até “maquiada” a nossas consciências, transformando o mal em bem e o injusto como algo justo para a pessoa e a sociedade.

Educar as consciências se torna hoje um imperativo para que nossos filhos saibam descobrir o sentido e o valor das coisas e dos próprios atos. Caso contrário, a ciência, a mídia ou outras instâncias mediadoras da cultura se tornam o critério do bem ou do que é verdadeiro e justo. A consciência humana é chamada, pelo fundador da Logoterapia, Viktor Frankl, o “órgão do sentido”, porque tem a condição de intuir o valor de todas as coisas e dos próprios atos na circunstância histórica e concreta. Por isso é tarefa da educação desenvolver a capacidade especificamente humana de discernir com liberdade e responsabilidade. Na base dessa educação está uma visão integral de pessoa, que contempla especialmente aquela dimensão propriamente humana, ressaltando a sua interioridade e o seu mistério: sua capacidade de perguntar-se e de responder diante de um horizonte de valores; sua capacidade de encontrar sentido sempre e em qualquer circunstância; sua capacidade de amar e de ir além de si mesmo.


Nota do Editor: Eloísa Marques Miguez é professora, especialista em Logoteoria aplicada à Educação, é colaboradora do Movimento Nacional em Defesa da Vida - Brasil sem Aborto.

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