O outono chegou para esfriar os ânimos exaltados pelo sol quente do verão. Época em que um friozinho gostoso vai tomando conta de nossas vidas, nos preparando para o congelante frio do inverno. O termo “estação” cai bem para o outono, pois ele realmente parece um lugar de parada, aconchegante e com clima agradável, onde não padecemos com o calor intenso nem precisamos andar parecendo um guarda-roupa ambulante. Esta época do ano tem outro atrativo, é chamada de estação das frutas, repleta de pomares cheios e convidativos, para total deleite das pessoas. No outono os seres humanos são novamente inseridos no contexto de suas rotinas. Podem finalmente sacudir a areia e os confetes de seus corpos, para enfim seguir o rumo de seu dia-a-dia. É um momento para reiniciar as atividades deixadas de lado no verão, voltando ao trabalho para que através dele possamos pagar todas as dívidas contraídas na outra estação. Hora de respirar fundo e voltar aos estudos, se dedicando de forma presente na esperança de galgar um bom futuro para si, embalado por livros, professores, provas e notas. Reencontrar os amigos de escola sempre é uma boa opção, voltar a paquerar e a se deliciar com um gostoso chocolate quente nos horários de intervalo, ou mesmo o bom e velho refrigerante com salgadinhos que ajudam na hora de passar o tempo e enganar a fome. O ritmo de nossa vida vai aos poucos se acelerando, com tarefas cada vez maiores e dias cada vez menores, a manhã começa na madrugada, e a noite termina neste mesmo lugar. A estação outonal, também é conhecida como estação das folhas, pois a grande maioria delas resolve cair ao pé das árvores, parecendo pantufas de retalhos pelo chão. Um verdadeiro desespero para as pessoas que limpam as calçadas e se vêem fazendo serviço dobrado para dar conta de limpar também estes mosaicos de folhas secas. Outra característica do outono é de ser considerada a estação das colheitas. Época de colher o que se plantou. Uma boa ocasião para reflexão. De nós pensarmos se estamos conseguindo plantar nosso esforço de forma positiva. Corrigir o foco, se necessário, visando alcançar os cobiçados frutos de sucesso, vitórias e felicidade em nossos empregos, estudos e lares. Quem sabe o resultado dessa meditação não sirva para semearmos melhores perspectivas, para que no próximo outono tenhamos enfim, uma colheita farta em desejos realizados. Nota do Editor: Antonio Brás Constante (abrasc@terra.com.br) é escritor.
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