(Homenagem ao Dia Mundial do Teatro)
O pano sobe soberbo, parindo de suas entranhas um novo jogo de cenas. O mistério aos poucos vai sendo desvendado, drama profundo, tema engraçado. Mentes envolvidas pelas histórias ali oferecidas; O ator é ser pulsante de muitos nomes, de várias vidas. Criatura de sonhos delirantes. Dono da arte ali estabelecida. Figura feita de textos, costurados no tecido da fantasia. Ente fictício e forjado na emoção, que revive no tempo de uma apresentação; Cada ato é uma mentira consciente que toca os sentimentos do público de forma displicente. A imaginação transborda empurrada pela ilusão. A realidade lá fora não mais existe, pois agora tudo é doce utopia; E segue a viagem imóvel em busca de distração, onde a encenação é placebo que se toma como verdade, feita de palavras, sons, gestos mudos. Belos mundos; O palco é caixa profunda e rasa, tela sem vidro, janela sem paredes, caminho sem estrada. E uma energia vital e sem tomada, vai dançando dentro de si. Vazio transformado em espetáculo, pois da simbiose entre ator e palco um novo show nasce em esplendor teatral; Enfim, mas não menos importante por ser fundamental, encontra-se a platéia ali presente. Mar murmurante em ondas de aplausos, impulsionados pelos movimentos apaixonantes dos gestos feitos na boca de cena sobre um tablado. Baixa o véu, termina o enredo, que agora repousa em segredo nas lembranças do espectador. Para encerrar esta obra textual, lhes digo um último fato: A arte quando chamada pelo nome é conhecida como TEATRO. Nota do Editor: Antonio Brás Constante (abrasc@terra.com.br) é escritor.
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