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31/03/2010 - 14h02
S.O.S. esporte de Ubatuba - VIII
Júlio César Leite e Prates
 
“A incompetência imperou na praia da Almada”

Prezados internautas: Estou de volta!!!

No último domingo (28/03) foi realizada na praia da Almada a 1ª Etapa do 14º Circuito Ubatuba de Águas Abertas, organizado pela Secretaria de Esportes e Lazer da Prefeitura de Ubatuba. O local era belíssimo. Muito sol, mar liso e gente bonita. Mas nem tudo foram rosas, pois como de praxe, a organização do evento deixou a desejar, e muito.

O acesso ao local escolhido para o evento há muito está em péssimas condições de tráfego, isso, por conta das chuvas do início do ano. Merece destaque o fato de que essa notícia foi veiculada por várias emissoras de TV, no entanto, alguns servidores públicos desconhecem tal questão. Isso é o que dá ficar assistindo “a Fazenda e Big Brother”.

A falta de vagas no estacionamento também foi causa de descontentamento de todos, pois o local não comporta 50, quem dirá, mais de 200 carros, vans, ônibus e caminhões. Por conta disso, os moradores do local deitaram e rolaram com a cobrança clandestina de R$ 5,00 por automóvel que quisesse permanecer no local. Isso sem mencionar a deficiente infra-estrutura do evento, o banheiro imundo. Água para banho dos atletas após a prova terminou antes mesmo do seu início.
 
Não foi só isso. A metragem do circuito e a sinalização da prova foram os grandes assuntos da rodada, pois a organização errou por muito. A prova de 1 km tinha 1,5 km ou mais. Deste modo, o atleta que se inscreveu para nadar os 3 km (3 voltas no circuito) nadou uma prova e meia. Absurdo!!!

Pelo visto os organizadores do evento nunca ouviram falar em GPS. Isso porque estamos no século 21 e no 14º Circuito. Imaginem se fosse o primeiro??? A merda seria maior ainda.

E tem mais, a classificação dos atletas, diga-se de passagem, manual e ultrapassada, como sempre, teve erros grosseiros.

Na minha categoria, por exemplo (Máster I, 30-34 anos – 1 km), alguns atletas que sequer participaram da prova nem estavam no local foram chamados ao pódio para receber sua(s) medalha(s). E o pior de tudo, é que eles ficaram na minha frente.

Nossa, estou perdendo até pra fantasma. Preciso treinar mais!!!

Deve ser muita coincidência, pois um desses atletas “fantasmas” no ano passado foi agraciado por um dos organizadores do evento com a benesse de burlar o regulamento e migrar de categoria para se beneficiar, mas, a farsa foi descoberta a tempo. Por falar nisso, até hoje estamos esperando o comunicado do Coordenador de Eventos e Marketing da SEL/PMU tornando público a desclassificação desse atleta.

Coincidências à parte, a verdade é uma só: por que os eventos esportivos organizados pela PMU estão cada vez piores?

Resposta: falta de profissionalismo, competência, compromisso, seriedade e respeito, principalmente, para com os atletas, que são os grandes astros de qualquer evento esportivo.

É preciso lembrar que no referido evento temos atletas dos 7 aos 70 anos. Imaginem a situação de um atleta de 70 anos, no meio do mar, sem apoio nenhum, com sinalização precária, que treinou para nadar 1 km, mas acaba nadando 1,5 km ou mais por conta do descaso da organização.

Uma coisa é você por à prova os limites físicos de uma pessoa de 15, 20 ou 30 anos. Mas com pessoas de 50, 60 e 70 anos não se brinca.

A falta de respeito é gritante. A de profissionalismo maior ainda.

Além disso, vários atletas, principalmente os de fora, infringiram o regulamento, no entanto, nenhum deles foi desclassificado pelos organizadores. As infrações mais comuns foram o uso de trajes proibidos, que passaram “despercebidos” pelos árbitros da prova e os atos de indisciplina (socos e pontapés distribuídos aos montes em nossos atletas e sob orientação técnica), principalmente, nas categorias mirim e infantil.

Qual o medo dos organizadores, servidores públicos, em desclassificar um atleta que violou o regulamento? Será que eles temem o boicote das equipes de fora? Regras são regras, meus caros amigos.

Uma colher de chá. O Boletim 116/09, item 5, da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) permite o uso de trajes de no máximo 1 mm de espessura em competições de natação, no entanto, alguns forasteiros, beneficiados pelas “vistas grossas” de nossos organizadores utilizaram trajes com espessura visivelmente além do permitido. Mesmo assim, conseguiram um lugar no pódio.

Pelo visto alguns servidores públicos organizadores de eventos esportivos desconhecem as regras oficiais. Dá-lhe Big Brother!!!

O mais estranho de tudo são os eventos de maior porte, quando organizados por empresas particulares ou de fora, transcorrem sem nenhum problema, com logística, horário, percurso e, principalmente, com respeito aos participantes do evento, tudo seguido à risca.

Mais uma vez eu repito: isso é o que dá colocar motoqueiro, jogador de biribol e de truco pra comandar o esporte de nossa cidade.

Como diria o Zeca Pagodinho: “Cada um na sua onda, cada um na sua prancha. Eu não vou lá no teu barco, tu não vens na minha lancha (...)”.

Abraços e até mais.

Júlio César Leite e Prates
Atleta Máster da Equipe de Natação de Ubatuba
julinhoskank@hotmail.com

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