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Opinião
04/04/2010 - 11h51
A temporada de caça ao voto
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Dez ministros, dez governadores e centenas de secretários estaduais e municipais, além de outros políticos que exerciam funções de confiança nas três esferas de governo – federal, estadual e municipal –, deixam os cargos com a finalidade de concorrer às próximas eleições. Serão candidatos a presidente da República, governador de Estado, senador e deputados federal e estadual. Alguns concorrerão a vice dos cargos majoritários e a suplente de senador. Essa debandada abre a chamada temporada de caça ao voto, onde os candidatos e uma legião de cabos eleitorais baterão à porta do eleitor em busca de sua preferência.

É chegada, pois, a hora crucial do cidadão comum exercer a sua influência na vida nacional. No dia 3 de outubro, ele poderá votar em alguém que corresponda aos seus reais interesses para ocupar a presidência da República, o governo do seu Estado e as cadeiras das casas legislativas. E, se não o fizer, só terá outra oportunidade dentro de quatro anos, pois os eleitos ganham o direito de representá-lo por todo um mandato, atendam ou não os seus interesses e expectativas.

O voto, segundo definem cientistas políticos, é um cheque em branco que o povo oferece aos candidatos eleitos. Por essa razão é que o cidadão comum deve acompanhar as atividades de seus governantes e dos parlamentares para, na hora em que estas surgem buscando o voto para uma nova jornada, saber se merecem ou não ser reconduzidos aos cargos ou têm moral para sugerir algum candidato.

Temos convivido no Brasil com uma situação altamente incômoda. O povo, frustrado com a corrupção e a impunidade reinantes, não se interessa por política e, assim sendo, não consegue votar conforme seus próprios interesses. Quando ocorrem problemas, em vez de servirem para a reflexão popular, ocorre o verdadeiro massacre de uns poucos personagens mas não se busca a causa e a sua solução. Via de regra, até os culpados dos grandes escândalos acabam impunes, protegidos pelo repugnante corporativismo classista e pela elevada gama de recursos defensivos.

Em vez de criar a sinistrose nacional e levar o povo a odiar todo ocupante de cargo político quando ocorrem problemas como os mensalões, os sanguessugas, o dinheiro na cueca e outros tão divulgados nos últimos anos, as lideranças da sociedade deveriam promover a discussão dos fatos e o oportuno esclarecimento da opinião pública. De nada adiantará pregar por pregar ao povo o ódio indiscriminado e genérico aos políticos. Pelo contrário, há que se envidar todos os esforços para separar o bom do ruim e colocar na cabeça do eleitor que, mesmo não gostando da classe, o país, o estado e o município são governados por políticos. Ignorá-los é entregar tudo, via de regra, aos maus políticos.

Antes de votar ou deixar de votar em algum candidato, o mais importante é o eleitor saber o que ele já fez no passado e quais suas propostas para o futuro e verificar se essas duas vertentes estão de acordo com os seus próprios interesses. O resto tudo é marketing, maquiagem, fantasia e enganação. Não se deixe levar pela propaganda enganosa e traiçoeira...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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