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Opinião
16/04/2010 - 10h01
Não sabemos votar!
Ronaldo José Sindermann
 

“Quando os nazistas levaram os comunistas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era comunista. Quando eles prenderam os social-democratas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era social-democrata. Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei, porque, afinal, eu não era sindicalista. Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque, afinal, eu não era judeu. Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse”.

Através do célebre poema “Eu não sou ninguém”, do símbolo da resistência nazista Pastor Martin Niemölier, busquei inspiração para a crítica na forma de que suportarmos a falta de leitos nos hospitais, a insegurança que nos cerca, as poucas oportunidades de trabalho, a inexistência de saneamento básico na periferia das grandes cidades, sem nos queixarmos, para quem quer que esteja no poder, pois somos literalmente comprados com programas que geram algum benefício para alguns e a idéia de que algo eficaz está sendo feito, desestimulando o protesto.

Assim como qualquer eleitor deste país estou decepcionado com a política e principalmente com os políticos, mas entendo que não é através do voto em branco ou nulo que vamos conseguir varrer esta gente suja da política, não fomos nós que os elegemos, mas muitos de nós acreditando em promessas milagrosas colocaram estes sujeitos lá. E só estão lá, porque não gostamos de política e por achar uma perda de tempo, não sabemos votar e, por conseguinte não exercemos nosso direito de fiscalizar e cobrar os que estão pisando na bola.

Perceberam que de quatro em quatro anos somos o bufões da corte, na atuação artística de certos candidatos, que através de emocionais apelos prometem mundos e fundos aproveitando-se de nossa ingenuidade, onde acreditamos na esperança fantasiosa de que em breve teremos uma saúde que acabará com longos dias de espera nas macas dos hospitais públicos, uma segurança para servir e proteger o cidadão, saneamento básico, casa própria, transporte eficiente, um verdadeiro milagre para transformar este país.

E aí, o que assistimos depois? O dinheiro na meia, cueca, ou para compra de panetone, desandam a fazer falcatruas e leis absurdas, sob os nossos complacentes olhos.

Chegou à hora de mudarmos nosso paradigma frente aos valores concebidos como modelo e discutirmos e repensarmos as promessas e os candidatos, com a família, colegas de trabalho e amigos de modo a revolucionarmos nossa atitude e não agirmos como ratos de laboratório que na forma condicionada aceitam a tudo.

Com certeza é no voto a nossa principal e única arma da mudança deste país, portanto valorize este poder.


Nota do Editor: Ronaldo José Sindermann (sindermann@terra.com.br) é advogado em Porto Alegre, RS.

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