Vinte seis de abril é o Dia Nacional de Prevenção a Hipertensão, doença que pode afetar os indivíduos em diversas faixas etárias, sendo frequente nas idades mais avançadas. Os níveis da pressão são alterados, ao longo do dia e da noite, conforme a necessidade de sangue no corpo, a força das batidas do coração e a contração dos vasos. No entanto, estas mudanças não significam que uma pessoa possui hipertensão. A doença se revela a partir do momento em que os níveis permanecem elevados em diversos momentos, horários e posições corporais. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os valores considerados ideais para a pressão arterial são de 120 x 80 mmHG (milímetros de mercúrio). Valores superiores a 140 x 90 mmHG são caracterizados como hipertensão. Em adultos com mais de 18 anos, a doença é considerada grave a partir de 180 x 110 mmHG. Segundo o cardiologista do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. José Renato das Neves, a hipertensão aumenta muito o risco de problemas cardiovasculares futuros, como infartos, acidentes vasculares e insuficiência renal. “Menos de 30% dos hipertensos em tratamento estão compensados. Por isso, é fundamental conscientizar os pacientes que a doença não tem cura, mas pode e precisa ser controlada", finaliza o médico. O consumo exagerado de sal é um dos principais responsáveis pela hipertensão, já que retêm líquidos e aumenta a pressão. De acordo com a recomendação da OMS, uma pessoa deve ingerir no máximo seis gramas de sal ao dia. No Brasil essa média chega a superar 10 gramas. Uma alternativa ao sal é sua versão light, que possui menor quantidade de cloreto de sódio e é rico em potássio, elemento que atua na redução da pressão arterial. No entanto, Dr. José Renato alerta que a retirada total do sal da alimentação também é prejudicial. "A ausência provoca sonolência e fraqueza", destaca. Geralmente a hipertensão não apresenta sintomas claramente identificáveis. É isto que a torna perigosa e nociva. Porém, os mais comuns são: dores de cabeça, alterações na visão, tonturas, zumbido no ouvido, sangramento no nariz e palpitações. “O acompanhamento médico é fundamental para a identificação da doença e do tratamento adequado”, salienta Dr. José Renato.
|