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Opinião
30/04/2010 - 17h03
Copa, Olimpíadas e infra-estrutura
Luiz Nelson Porto Araújo
 

Em maio de 2009, a Fifa anunciou que Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador foram escolhidas para sediar a Copa do Mundo de 2014. Receber um evento desse porte significa hospedar 32 equipes e suas comitivas durante um mês e criar estrutura para a realização de 64 partidas, que serão transmitidas para todo o mundo, no maior evento midiático do planeta (estima-se que, durante a Copa de 2014, cerca de três bilhões de telespectadores assistirão às transmissões). Meses depois, o Rio de Janeiro foi eleito para receber os jogos olímpicos em 2016.

A infra-estrutura e a segurança constituem elementos essenciais ao sucesso desses dois eventos. Para entendermos se, de fato, o Brasil dará conta do desafio, é necessário avaliar fatores como a nossa estrutura urbana.

Estudos preliminares apontam que a Copa demandará investimentos superiores a US$ 5 bilhões de dólares. Os valores para as Olimpíadas são inferiores - e devem ser reduzidos por aqueles que serão gastos em 2014 - mas também são relevantes. Os maiores gastos com infra-estrutura nas cidades onde acontecerão os jogos compreendem reforma e construção de estádios/vilas olímpicas, obras em rodovias, aeroportos, hospitais e sistemas de telecomunicações.

A realização da Copa e das Olimpíadas é uma grande oportunidade para antecipar e adensar os investimentos necessários para superar as carências crônicas das cidades-sede, com efeitos multiplicadores sobre toda a economia. Para que os investimentos sejam, de fato, estruturantes, é fundamental não repetir os problemas observados na época do Pan 2007, no Rio de Janeiro, quando os orçamentos iniciais foram superados pelos custos reais, a ajuda emergencial do Estado tornou-se imprescindível para a conclusão das obras e não houve melhorias efetivas na infra-estrutura do entorno dos estádios e das cidades.

Mais ainda: o Brasil não pode perder a oportunidade de se valer desses dois eventos para alavancar a sua projeção no cenário mundial, para melhorar as condições de acessibilidade e mobilidade urbanas e para expandir as condições de acesso a serviços de saneamento, energia, transporte e telecomunicações.


Nota do Editor: Luiz Nelson Porto Araújo é consultor da BDO e autor do estudo “A Infraestrutura brasileira - desafios e oportunidades”, publicado pela BDO.

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