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Opinião
06/05/2010 - 05h12
Como dantes no quartel de Abrantes
Ronaldo José Sindermann
 

A expressão é muito velha, quase tanto quanto eu. Representa o desânimo de ver que as coisas não mudaram para as crianças de rua que clamam por ajuda. Significa exatamente o que diz: que tudo está como antes, ou seja, só promessa.

Até quando teremos a indiferença dos políticos, frente às crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade?

Em meio às disputas e negociações para montagem dos palanques eleitorais, encontramos de forma explícita nas sinaleiras de nossas cidades, a mão-de-obra infantil como fonte de sobrevivência de muitas famílias, vendendo alguns produtos na rua ou mesmo pedindo esmola a mando de seus responsáveis. Sendo esta a provável origem, da grave situação das crianças de rua, apontadas pelos especialistas da matéria.

Seduzidas pela liberdade ao ganharem a rua, e não tendo limites e obrigações, são presas fáceis de inescrupulosos que procuram o sexo com crianças. Tornam-se crianças desconfiadas, arredias e agressivas, vivendo na sarjeta e dormindo ao relento depois de uma noitada de crack.

Com a chegada às ruas, experimentam as drogas, começam cheirando o solvente, popularmente chamado loló, depois a maconha e a destruição total pelo crack, que passa a estar presente em seu dia-a-dia. Viciados passam a furtar e se prostituem ainda mais para sustentar o vício. Não sabem que depois de entrarem neste negócio, só existe uma forma de sair: mortas. Pois se não morrem em virtude da destruição pela droga, a dívida com crack leva estes jovens à pena de morte determinada pelos traficantes.

Quem já não se cansou desta história repetitiva e sem solução?

Provavelmente os velhos políticos, que sabem que nós eleitores temos memória curta, e podem prometer tudo, pois daqui a pouco será esquecido e tudo irá continuar como antes. E se forem cobrados por algum desavisado jornalista estufarão o peito e dirão, “...já temos um projeto de lei que será assumido por aquela instituição de proteção social ou no próximo ano iremos fazer”.

É preciso que as crianças brasileiras sejam o objeto prioritário de qualquer pessoa sensata deste país, cabendo a todos e principalmente aos órgãos governamentais o acolhimento e recuperação destes menores de rua que há muito tempo pedem por socorro.


Nota do Editor: Ronaldo José Sindermann (sindermann@terra.com.br) é advogado em Porto Alegre, RS.

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