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SEÇÃO
Crônicas
06/05/2010 - 07h30
Tocando nos bicos como assunto
Antonio Brás Constante
 

Pode parecer um assunto banal, mas o bico acompanha o homem desde os seus primeiros dias de vida, intimamente ligado às pessoas e literalmente na boca do povo. O bico pode ser considerado uma expressão multifuncional, pois é associado a várias situações e está inserido no contexto social da humanidade.

Quando a situação aperta e não se consegue emprego, o que se faz? Bicos para sobreviver. Quando se quer mandar tudo para os ares, logo se pensa em “dar um bico” nos problemas. Mesmo no seio de nosso lar (frase bem sugestiva), temos vários bicos espalhados pela casa, como por exemplo, os bicos do fogão, dos sapatos, de luz etc.

Falando em seios, o bico também está inserido no imaginário erótico do público adulto, onde musas seminuas mexem com nossa volúpia, expondo as partes de seus corpos perfeitos e entre eles, não preciso dizer qual é um dos mais procurados pelos olhos masculinos (e de algumas mulheres também).

Os reinos animal, vegetal e mineral, estão repletos de bicos, espalhados em várias formas e cores. Também não podemos nos esquecer das doenças que trazem consigo o simbolismo do bico, como, por exemplo, o bico de papagaio, entre outras.

Nas expressões populares o bico ganha destaque. Quem já não ouviu falar que aquela beldade não é para o seu bico.

Muitos segredos são guardados, porque fulano foi obrigado a fechar o bico. Quem abre o bico pode se dar muito mal, então o melhor é ficar de bico calado.

Algumas pessoas ficam de bico quando estão magoadas, outras preferem molhar o bico e acabam se embebedando, mas se você fizer isto, cuidado! Pois, nestes casos sempre algum policial pode aparecer e acabar ficando no seu bico.

Mas não quero que pensem que estou aqui tentando levar os leitores no bico, falando apenas de assuntos compostos por essa palavra. Posso escrever sobre coisas mais importantes, como uma guerra, catástrofes naturais, as misérias do mundo, política ou mesmo sobre o resultado futebolístico do gauchão. Porém, é melhor não falar sobre nada disso. Afinal, em alguns assuntos não se deve meter o bico.


Nota do Editor: Antonio Brás Constante (abrasc@terra.com.br) é escritor.

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