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Opinião
03/06/2010 - 07h00
Aprendendo com os conflitos
Erica Brandt
 

Percebemos que toda a humanidade está vivendo uma crise que nos atinge pessoal e socialmente, provocando questionamentos sobre: O que estou fazendo aqui? Qual o sentido da vida? O que há depois da morte? Para onde vamos? Questões que requerem uma revisão dos conceitos que desenvolvemos sobre o que é viver, o que é se relacionar em um mundo onde há ainda tantos jogos de interesses.

Nunca estivemos tão perto da paz. No entanto, jamais ela nos pareceu tão distante. Já podemos curar doenças que até bem pouco tempo eram terrivelmente mortais ao mesmo tempo em que das pranchetas dos cientistas brotam animais e plantas que a natureza não criou.

Em laboratórios que fariam inveja a filmes de ficção científica, surgem robôs capazes de executar todo tipo de serviço, da faxina doméstica à pesquisa espacial. São olhos eletrônicos que espionam os confins do universo em busca de nossos eventuais parceiros distantes na aventura da vida e simultaneamente, ao olharmos em volta, nos deparamos com os assustadores subprodutos desse desenvolvimento: miséria, violência e medo.

Acumulamos conhecimento em quantidade. Porém, sem sabedoria para usá-los, podemos destruir o mundo que habitamos e a nós mesmos. Este é um tempo que requer maior compromisso com o bem comum favorecendo uma consciência de responsabilidade em pacificar os espíritos, pois onde não há ódio, não há guerra. O ódio habita o interior das pessoas, enquanto as armas são um sinal exterior do ódio.

A cada ano, presenciamos um aumento de atitudes agressivas entre as pessoas. São palavras e gestos que denunciam um estado de consciência alterado sem se importar com as consequências de tais atos desumanos.

Essa visão fragmentária do real bem que poderia ser chamada de "cultura da irresponsabilidade", na medida em que reforça uma confortável e perigosíssima cegueira sobre as relações entre o sujeito e o objeto.

A paz está dentro de nós ou então não existe. Se é no espírito dos homens que começam as guerras, então, como disse Robert Muller, em 1989, "nas escolas da Terra se moldará a nova consciência capaz de por um termo a toda violência".

Vivemos tempos que requerem uma responsabilidade pessoal com o autoaperfeiçoamento, observando e transcendendo questões de apego, rejeição e indiferença que são os nutridores da fragmentação e da doença. Somente conhecendo nossos passos autodestrutivos, no corpo, na emoção e na mente, poderemos desenvolver a força da vida no seu sentido sagrado.

Esse autoaperfeiçoamento conduz a auto-observação na relação com o outro e com a natureza, conduzindo-nos a viver uma nova consciência que está se estabelecendo no espírito de grande parte das pessoas. Ela inspira outra maneira de compreender as coisas na ciência, filosofia, arte e religião despertando-nos para a percepção de que somos os espectadores e os atores principais de mais este ato da "comédia humana".

É urgente a necessidade de um esforço pela unidade. Um encontro de todos os cidadãos do planeta a favor da vida porque a crise de fragmentação chegou a limites extremos e ameaça a sobrevivência de todas as formas de vida sobre a Terra.

Trata-se de um momento de síntese, integração e globalização, em que a humanidade é chamada a colar as partes que ela mesma separou nos cinco séculos em que se submeteu ao domínio da razão atendendo a interesses pessoais. Um ser humano com bom desenvolvimento da razão em conexão aos sentimentos age pelo melhor de todos.


Nota do Editor: Erica Brandt é psicóloga e terapeuta.

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