26/08/2025  18h15
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
23/06/2010 - 13h08
Os sobreviventes
Sylvia Romano
 

Cada dia que passa computo como mais um de sobrevivência. O nível de violência está chegando a um patamar insuportável para os cidadãos brasileiros.

Sempre acreditei que a base da política de uma nação deveria estar apoiada primeiramente na educação, depois na saúde e finalmente na segurança. Infelizmente, diante da nossa triste realidade, percebo que a segurança hoje tem de ser encarada como a primeira preocupação de nossos governantes.

O cidadão que pode está prisioneiro dentro da sua própria casa, e só se sente seguro com altos muros, grades, alarmes e tudo aquilo que lhe dá uma falsa sensação de proteção, o que sabemos que não é garantia de absolutamente nada. O sonho de consumo é o carro blindado, que oferece pelo menos uma chance de não ser roubado ou agredido nos faróis, bem como fornece a esperança da proteção das armas de fogo, que o indivíduo não pode possuir, mas os facínoras as têm. Isso sem falar nos crimes eletrônicos aos quais estamos sujeitos e que nos afligem a todo instante.

Sair de casa para o trabalho, para o lazer e para as necessidades do dia-a-dia se tornou uma aventura perigosa. Ir a um banco, então, nem se fala. Tornou-se uma atividade de alto risco! Também não podemos nos esquecer de andar sempre com o "dinheiro do ladrão"... O custo da nossa proteção está ficando cada dia mais alto e inclui, seguros, alarmes, seguranças, guardas de ruas, flanelinhas e outros profissionais, cujo preço já é compulsório.

Para os cidadãos de bem só sobram os impostos e o medo, já para os corruptos e assassinos permanecem leis frouxas e quase sempre burladas, fora a defesa dos "direitos humanos", que só se preocupa em preservar os criminosos que, ao serem pegos pelos seus delitos, se tornam coitadinhos e protegidos, na esperança de um dia voltarem recuperados à sociedade, o que quase nunca acontece.

A cada dia que passa agradeço por ter sobrevivido, mas infelizmente o medo se faz cada vez mais presente e sei que é uma questão de tempo para que eu ou os meus venham a fazer parte das estatísticas criminais desta nossa terra sem lei.


Nota do Editor: Sylvia Romano (www.sylviaromano.com.br) é advogada trabalhista, responsável pelo Sylvia Romano Consultores Associados, em São Paulo.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.