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Opinião
29/06/2010 - 07h08
Sofrimento intenso e ajuda tardia
Antonio Carlos Pannunzio
 

Nenhum país do mundo está a salvo de ser atingindo por catástrofes naturais. O custo delas, em perdas de vidas humanas e bens materiais, indesejáveis subprodutos da urbanização acelerada observável em múltiplos pontos do planeta, vem crescendo continuamente. Essa constatação vale também para o Brasil, às voltas, neste exato momento, com o impacto das inundações, ocasionadas por chuvas intensas, nos Estados de Alagoas e Pernambuco.

No tocante ao nosso país, muitas dessas catástrofes decorrem de acontecimentos recorrentes, previsíveis e evitáveis.

Não se pode evitar uma temporada de chuvas intensas, mas pode-se conseguir que elas ocasionem danos menores e menor número de mortes mediante planejamento e investimento em ações preventivas.

Por alguma estranha razão, os recursos federais para planos, obras e iniciativas de caráter preventivo, nestes últimos anos, não chegam a 20% dos gastos exigidos pela ajuda que se segue às tragédias coletivas.

Não é só isso. O socorro pós-catástrofe é burocrático, desarticulado e tardio e, por isso, não consegue atenuar o intenso sofrimento das populações castigadas por grandes desastres dentro de um prazo aceitável.

É meritório que o governante se desloque para as regiões atingidas e sobrevoe os pontos castigados, levando palavras de conforto aos flagelados.

Do ponto de vista destes, entretanto, seria muito melhor que, simultaneamente ao visitante ilustre, chegassem ao local equipes treinadas para o socorro imediato aos necessitados, com equipamentos para montar acampamentos emergenciais e hospitais de campanha e iniciar, de pronto, a distribuição de água potável, alimentos e remédios à população atingida.

Criar uma estrutura para tanto é coisa que cabe perfeitamente dentro das possibilidades orçamentárias da União.

O Brasil tem plenas condições para investir o necessário a construir e prover uma rede de depósitos de comida, remédios, agasalhos e roupas a serem usados em tais emergências; adquirir os aviões cargueiros necessários ao rápido deslocamento até o ponto atingido e veículos para deslocamento no local, por via terrestre um fluvial, e, não menos importante, criar uma força com pessoal treinado para socorro de feridos, resgate de soterrados, retirada de pessoas de áreas de risco e restauração das condições de ordem pública essenciais à reorganização da vida quotidiana.

Para tanto, basta que tenhamos planejamento, coordenação e vontade efetiva de reduzir quanto seja possível o sofrimento dos que, atingidos pela perda de entes queridos, da casa e dos bens nela contidos, vagam, desorientados, nos cenários de desolação.

É lastimável que o governo federal não consiga entender o papel que lhe cabe em tais situações, nem desempenhá-lo com um mínimo de eficiência que, em tais circunstâncias, é o único testemunho aceitável de compaixão e misericórdia.


Nota do Editor: Antonio Carlos Pannunzio é deputado federal pelo PSDB/SP, membro da CCJ e CREDN.

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