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Opinião
29/07/2010 - 17h02
A escolha de Sofia
Tom Coelho
 

No mundo corporativo de hoje os profissionais são constantemente colocados à prova mediante dilemas que lhes são apresentados. Por exemplo, o que fazer quando a empresa exige tanto do executivo que ele tem que escolher entre a vida pessoal e a profissional?

Primeiro, vamos compreender o que é um dilema. Etimologicamente, trata-se de uma decisão entre duas alternativas contraditórias e mutuamente insatisfatórias. Você quer as duas coisas, mas só pode optar por uma. A escolha é tensa, árdua e, por vezes, dolorosa.

Em 1982, o diretor norte-americano Alan J. Pakula, à época já consagrado pelo filme “Todos os homens do presidente”, que narrava a investigação do caso Watergate, comandou Meryl Streep e Kevin Kline na obra-prima “A escolha de Sofia”. O filme contava a história de uma mãe polonesa que durante a Segunda Guerra Mundial é forçada por um soldado nazista a escolher um de seus dois filhos para ser morto sob pena de ambos serem executados – um autêntico dilema.

De volta às empresas, quem disse que carreira e vida pessoal são faces de uma mesma moeda que não pode manter-se em pé? O equilíbrio, do latim aequilibrium, remete à manutenção do mesmo nível (aequus) das balanças (libra). Em suma, conciliar vida pessoal e profissional não é uma escolha de Sofia!

É importante compreender que estes dois universos são indissociáveis, ou seja, não há como separar um do outro, acreditando que o profissional, ao adentrar os domínios da empresa, deixará do lado de fora problemas como um filho enfermo, contas atrasadas ou relacionamento conjugal em crise, dedicando-se integralmente às metas corporativas com plena produtividade.

Decerto há momentos que nos exigem esforço e dedicação superiores. Horas de trabalho que avançam pela madrugada, por dias sucessivos, regadas a fast food e breves cochilos, negligenciando a família e os interesses pessoais. Tudo para concluir um projeto, desenvolver um produto ou conquistar um novo cliente. O problema ocorre quando um evento circunstancial como este se torna rotineiro.

Se você é solteiro ou está em início de carreira, é possível que aceite de bom grado assumir o papel de workaholic imposto pela empresa – ou autoimposto. E sentir-se feliz e realizado com esta opção.

Porém, se as demandas corporativas estão além do que você gostaria, trazendo-lhe desconforto, assuma as rédeas da situação. Trabalhe com afinco durante sua jornada, aprenda a delegar tarefas operacionais e demonstre ao seu empregador que não é a quantidade de horas, mas a qualidade das horas trabalhadas o fator determinante para seu bom desempenho e o sucesso da organização.

Procure dialogar com seu superior hierárquico, determinando uma agenda positiva, capaz de atender expectativas da empresa e contemplar seus interesses pessoais.

Porém, se ficar claro que a corporação na qual você está tem perfil patológico ou é liderada por pessoas que não enxergam nada além da última linha do balanço – apesar de toda uma retórica voltada à motivação e incentivo à qualidade de vida – considere buscar uma recolocação no curto ou médio prazo.


Nota do Editor: Tom Coelho (www.tomcoelho.com.br) é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 países. É autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional” (www.setevidas.com.br), pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros.

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