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Medicina e Saúde
30/07/2010 - 13h08
Hepatite C - Doença negligenciada
Carlos Varaldo
 
Segundo estatísticas oficiais, existem atualmente no Brasil mais de 5,5 milhões de infectados com as hepatites B e C

Estima-se que um dos maiores desafios da área de saúde pública brasileira nos próximos anos será o crescimento dos transplantes hepáticos consequentes das hepatites crônicas.

Segundo estatísticas oficiais, existem atualmente no Brasil mais de 5,5 milhões de cidadãos infectados com as hepatites B e C. O número, por si só, já preocupa, mas há um agravante: 95% dessas pessoas desconhecem que estão doentes. A falta de conhecimento contribui para que a doença evolua para um quando clínico de cirrose e câncer de fígado. Se tratada em tempo, a hepatite C tem cura em mais de 60% dos casos.

Um em cada quatro desses brasileiros, se não diagnosticado, estará perdendo, em média, 17 anos da sua vida. Nesses casos, as mortes relacionadas a problemas decorrentes das hepatites ocorrem com, aproximadamente, 56 anos de idade. Atualmente, 1 em cada 350 pacientes infectados com hepatite C recebe algum tipo de tratamento e, no caso da hepatite B, o índice é ainda pior, pois somente um em cada 900 pacientes infectados recebe tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS).

Criado em 1988, o SUS tem como objetivo universalizar os serviços relacionados à saúde da população. Contudo, mesmo completando mais de duas décadas de implantação, o SUS ainda tem problemas a serem equacionados. Entre os seus maiores déficits, estão a falta de diagnóstico das hepatites e os tratamentos obsoletos e pouco eficazes. Há também quem seja diagnosticado, mas encontra dificuldades no SUS para ser tratado.

Outro ponto a se discutir é o estigma que envolve os pacientes com hepatite. As pessoas tendem a achar que apenas drogados e promíscuos estão entre os infectados. Se você não se encaixa nesses perfis, achará que não tem a necessidade de fazer o teste, pois não corre riscos.

O maior número de infectados se encontra na faixa entre 35 e 50 anos. A média de idade do grupo de risco se explica pela formação médica, já que os profissionais dos anos 90 não estudaram a enfermidade, que não apresenta sintomas, dificultando assim o seu diagnóstico. Antes de 1993, a forma mais comum de contágio era pela transfussão, quando as bolsas de sangue não passavam por checagem de hepatite.

Motivo de discussões há tempos, em ano de eleição os questionamentos sobre a saúde pública são ainda mais pertinentes. Como representante de milhões de infectados e seus familiares e falando em nome do Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite, pergunto aos presidenciáveis: qual será sua proposta de governo para tratar da questão do diagnóstico e tratamento das hepatites B e C? Já está mais do que na hora de nossos representantes olharem para essa doença que afeta cada vez mais brasileiros.


Nota do Editor: Carlos Varaldo presidente do Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite.

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