Altos índices ainda preocupam autoridades
Conheça exames que podem garantir uma gravidez mais saudável em qualquer idade. De acordo com pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, em 2009 foram registrados mais de 444 mil partos de adolescentes (de 12 a 18 anos de idade) em todo o Brasil. Segundo o mesmo estudo, estes números vêm caindo significativamente na última década, porém continua preocupando autoridades e a sociedade em geral. Para a Dra. Sueli Raposo, ginecologista do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica / DASA (www.delboniauriemo.com.br), a gravidez é um período em que a mulher agrega novos desafios para sua vida. “Além de estar mais sensível, ela tem que lidar com as mudanças do corpo, ampliar hábitos saudáveis e se preparar para cuidar de alguém, educar”, ressalta a especialista. Na maioria dos casos, as adolescentes não estão preparadas física e psiquicamente para essas alterações em sua vida. Por conta disso, as campanhas do Ministério da Saúde e de outras instituições à conscientização sobre sexo, uso de camisinha e acompanhamento da gravidez são tão importantes no Brasil. O estudo do Ministério da Saúde aponta também que a redução de partos em adolescentes foi mais efetiva em 2009, com queda de 8,9% em relação a 2008. As autoridades acreditam que essa diminuição está atrelada ao investimento R$ 3,3 milhões em ações de educação sexual e na ampliação do planejamento familiar. Além disso, em dois anos foram distribuídos 871,2 milhões de preservativos nos postos de saúde para toda a população. Apesar da significativa melhora nos índices, as preocupações com relação a este tema ultrapassam as questões preventivas. As gestantes, adolescentes ou não, precisam se conscientizar sobre a importância de um acompanhamento médico durante toda a gravidez, o pré-natal. Segundo a Dra. Sueli, na adolescência o pré-natal é ainda mais significativo, já que muitas vezes o corpo pode estar ainda em desenvolvimento e não preparado para gerar um bebê. “É importante que as adolescentes entendam que uma gravidez com complicações pode trazer riscos para sua própria vida. A gestação precoce aumenta os riscos de hipertensão e parto prematuro”, acrescenta. A ginecologista selecionou abaixo os principais exames gestacionais que devem ser realizados, independente da idade. “Ao consultar um médico, a gestante terá maior segurança desde o princípio da gravidez, poderá antecipar diagnósticos e até tratar o feto de acordo com os avanços da medicina”, completa a Dra. Sueli. 1º trimestre de gestação
1. Hemograma Completo 2. Tipagem Sangüínea 3. Glicemia de Jejum 4. Sorologia para Sífilis (VDRL e FTA Abs), HIV, Hepatite B e C, Toxoplasmose, Rubéola e Citomegalovírus 5. Uréia, creatinina 6. Urina I, cultura e antibiograma 7. PPF (Protoparasitológico de Fezes) 8. Papanicolaou 9. Ultra-som Obstétrico Endovaginal ou Transvaginal com translucência nucal entre 11 e 14 semanas. 10. TSH e T4 Livre 11. Coombs Indireto – nas pacientes Rh negativo. 2º trimestre de gestação
1. Ultrassom Morfológico entre 20 e 23 semanas 2. Urina I, cultura e antibiograma 3. Hemograma, Vdrl, glicemia, toxoplasmose. 3º trimestre de gestação
1. Ultrassom Obstétrico com Doppler colorido 2. Cardiotocografia 3. Perfil Biofísico Fetal, se necessário 4. Dosagem de Uréia, Ácido úrico e Creatinina, se necessário 5. Hemograma, glicemia, Vdrl, Hiv, Toxoplasmose 6. Urina I, cultura e antibiograma 7. Curva Glicêmica, se necessário.
|