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Opinião
05/08/2010 - 07h00
Meu pai, meu herói
Anderson Cavalcante
 

Quando criança, você, assim como a maioria dos garotos e garotas, criou um super-herói só seu. Esse grande homem era aquela pessoa que sempre estava por perto quando o perigo surgia. Se houvesse um problema grande e insolúvel, era só gritar o seu nome para que tudo se resolvesse de maneira tão simples, como um passe de mágicas. Os monstros e medos do desconhecido passavam longe quando ele te abraçava e, por isso, você sustentava apenas uma certeza: queria ser igual a ele quando crescesse. Hoje, entre tantos papéis que a vida lhe impôs, você se esqueceu da sua principal atuação? Você é um herói para seu filho, assim como seu pai foi para você?

Uma recente pesquisa realizada em todo o Brasil com 860 pais de faixas econômicas diversas deixa claro uma diferença entre as concepções educativas e as intervenções concretas deles sobre seus filhos adolescentes. A maioria, 84%, defende que os pais nunca devem acreditar nos filhos. Já 57,4% concordam que os pais têm o direito de dar “palpite” em tudo o que o filho faz.

Talvez esses pais que participaram da enquete tenham realmente esquecido aquilo que importava para eles quando ainda eram crianças. A preocupação e o amor excessivo pode não ser, muitas vezes, algo bom para nós e para a pessoa que queremos proteger. A relação entre pai e filho tende a ficar desgastada quando os superiores recorrem à vigilância diária para saber quais as atividades que o adolescente está desenvolvendo, quais os lugares ele frequenta e com quais companhias.

Lembre-se que não é preciso ser um detetive do seu filho para saber informações sobre ele. Por que simplesmente não perguntamos e acreditamos na resposta? Se não confia nele, provavelmente não desenvolveu algo fundamental para uma boa relação entre duas pessoas: a relação de confiança, que só é construída com amizade, verdade e muito respeito. Não basta ser pai do seu filho, impor regras, limites e decisões. Os pais devem criar afinidades com o seu primogênito, buscar o entendimento de pontos de vista diferentes e explicar as mais diversas indagações que a vida possa aplicar nos seus filhos.

Quando as opiniões forem muito divergentes, pense que talvez você só adquiriu certa postura por ter vivenciado outros tipos de experiência que seu pequeno. O desafio é respeitarmos e, algumas vezes, apoiarmos nosso filho mesmo não concordando com a escolha que ele fez. Ser um bom pai é educar e formar um cidadão que esteja pronto para viver sem precisar da figura paterna ao lado, ou seja, você preparou tão bem essa pessoa para a vida que ela sabe segui-la sozinha e tem total autonomia para isso. Essa é a prova exata que você foi um bom pai.

Porém, muitos pais não lidam bem com o sentimento de ter um filho que não dependa deles. Então, o desafio passa a ser a construção de um vínculo nessa relação, uma conexão tão forte que nem o passar do tempo, nem a distância, serão capaz de separar algo que foi estruturado com respeito e amor.

Fique atento: o filho cresce na sombra do pai. Comece a analisar que tipo de exemplo você tem sido para o seu filho. Ele ainda te vê como um padrão a ser seguido? Sabendo que ele te tem como uma referência e confia em você, é realmente preciso tratá-lo como alguém que não mereça o seu respeito e admiração?

Aproveite o Dia dos Pais para analisar como anda sua relação com seus filhos. Não deixe de lembrar que você também é filho e converse com o seu pai. Retome os desejos e valores da infância, sinta novamente a confiança que um dia teve no seu “velho” e faça seu filho sentir o mesmo por você. Diga e assuma para a pessoa que é e sempre foi seu herói: você é o homem da minha vida.


Nota do Editor: Anderson Cavalcante (www.andersoncavalcante.com.br) é administrador de empresas com ênfase em Marketing e MBC pela University of Florida. É empresário e ministra palestra para as maiores empresas do país, que buscam realizar ações lucrativas, porém humanizadas. Foi reconhecido, em 2004, como o palestrante mais jovem do Brasil por realizar palestras para empresários n exterior, no evento Expo Business Japan. É autor dos best-sellers “O que realmente importa?”; “As coisas boas da vida”, lançado também na Europa, entre outras obras produzidas pela Editora Gente. No Brasil, seus livros já venderam mais de 370 mil exemplares.

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