Depois que saímos daquele Café em Lisboa, onde eu quis fazer bonito e a pronúncia me denunciou, passamos na farmácia. Decidida a brincar, fui logo pedindo com sotaque genuinamente brasileiro: - Quero um rolo de esparadrapo! O homem ficou atordoado. Só de farra, repeti pausadamente: - E s p a r a d r a p o! Ele arregalou os olhos. Depois é que tornei a falar, procurando imitar o ‘acento’ deles: - Pur acaso teria o senhor ADESIVOS à venda? Imediatamente ele abriu uma gavetinha e colocou sobre o balcão vários rolos de esparadrapo para que eu escolhesse.
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