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Opinião
12/08/2010 - 11h03
A Gripe Suína e a vacina
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Alívio geral. A Organização Mundial da Saúde anuncia que a pandemia da Grupe Suína (vírus H1N1) já terminou. Agora, esse tipo de gripe pode ocorrer, mas será parecida com as gripes comuns. Tudo isso porque grande parte da população já está imunizada e não há massa crítica para o alastramento do mal na forma mortal apresentada inicialmente.

No Século XX, o mundo conviveu com três pandemias. A primeira foi a Gripe Espanhola, em 1918/19, que matou 30 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 300 mil delas no Brasil (que na época somava 24 milhões de habitantes). Entre os brasileiros mortos, estava o presidente eleito da República, Rodrigues Alves, que nem chegou a assumir o posto. Em 1957/58 fomos atingidos pela Gripe Asiática, que provocou 1 milhão de mortes em todo o mundo e, em 1968, foi a vez da Gripe Hong-Kong, que também deixou um passivo de 1 milhão de vítimas. A Gripe Espanhola registrou letalidade de 2,5% do infectados e as duas outras (Asiática e Hong-Kong) não passaram de 0,5%, índice também considerado alto se comparado com a gripe sazonal, onde apenas 0,001% vão a óbito. Uma das razões dessa baixa de índice letal, mesmo na pandemia, é a eficiência das medidas profiláticas.

No Brasil, a Gripe Suína provocou 2051 mortes em 2009 e 95 no primeiro semestre de 2010, de uma população de uma população de 192 milhões de habitantes (estimada pelo IBGE). Número infinitamente menor se cotejado com os índices da Grupe Espanhola, ocorrida 90 anos atrás.

Os procedimentos de imunização, sem qualquer dúvida, diminuem os níveis de letalidade das pandemias. Mas a população não costuma colaborar. Isso é histórico. O próprio presidente Rodrigues Alves (que morreu de Gripe Espanhola), no seu primeiro mandato presidencial (1902/1906) enfrentou a Revolta da Vacina, onde a população se recusava a receber a vacina contra a varíola.

Vacinar sempre deixou uma interrogação junto ao povo. Embora o Brasil tenha resultados marcantes – como a vacinação anti-poliomielite, que eliminou a doença - as pessoas ainda fogem da vacina, exigindo o esforço do governo e das autoridades em campanhas de esclarecimento público. Na Gripe Suína, agora dominada graças à imunização das populações, muitos deixaram de receber a vacina, mesmo depois de alertados para a conveniência do medicamento. Adultos negligenciaram com a própria saúde e mães de bebês e crianças deixaram de dar a vacina em seus filhos. Mesmo assim, felizmente, a pandemia cedeu. Mas poderia ter ocorrido o contrário. E aí, como ficaria a consciência de cada um?

Apesar de todas as carências na área curativa, o Brasil possui uma boa estrutura no trabalho de vacinação e prevenção coletiva. Mas é preciso o povo entender que esse serviço se destina a preservar a sua saúde, e não fugir.


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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