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Opinião
10/09/2010 - 11h13
Desigualdades sociais, faça a sua parte!
Haércio Suguimoto
 

Um dos desafios na atualidade é diminuir as desigualdades existentes no mundo, garantindo a todos o acesso a educação, a moradia, a alimentação e a saúde. Por isso que cada vez mais, empresas, ONGs e organizações estão assumindo o papel que caberia ao Estado. Nesse contexto, o termo responsabilidade social ganha força principalmente no meio empresarial como forma de ajudar a minimizar os problemas que afetam a sociedade em geral.

Hoje, as principais empresas vêem o quanto é importante desenvolver atividades que promovam o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida de seus empregados, de suas famílias e da comunidade em geral, além de associar seus produtos e serviços com o desenvolvimento sustentável, ou seja, todo o processo de produção é feito pensando na preservação ambiental. Com isso, a organização ganha confiança e credibilidade do público e melhora de sua imagem. Infelizmente o conceito de responsabilidade social ainda está longe de ser considerado como primordial por todas as empresas. Pois algumas delas cumprem esse papel apenas como aspecto obrigatório para o moderno modelo de gestão.

Melhorar a qualidade de vida de quem precisa não é apenas dever das empresas e do Estado, mas deve fazer parte do cotidiano de cada um. O trabalho voluntário é uma das maneiras que podem amenizar esse cenário. Com a atividade é possível ajudar, por exemplo, mais de 14.000 entidades filantrópicas cadastradas no País. As atividades vão desde reparo na estrutura das entidades, passando pelo acompanhamento, seja de uma criança ou de um idoso, até chegar o apoio pedagógico, dentre outras formas. Trabalhar para que muitas crianças e jovens tenham uma melhor condição de vida e se preparem para um futuro mais digno também é uma maneira de agir com responsabilidade social.

Muitas vezes o assunto responsabilidade social é confundido num primeiro momento, como sendo apenas uma política assistencialista, de substituição do Estado no auxílio de carências materiais. Responsabilidade social diz respeito ao cumprimento dos deveres e obrigações não só das empresas, mas de todos os cidadãos para com a sociedade em geral.

Já o assistencialismo é visto por alguns de modo pejorativo, pelo simples fato de que está ligado à doação de bens materiais sem a necessária inclusão social. A pessoa que recebe o benefício fica dependente do auxílio e não consegue mudar a sua realidade. É como dar o peixe sem ensinar a pescar. Porém, a caridade também tem seu aspecto positivo em um país que enfrenta tanta desproporção social como o Brasil. É uma ajuda momentânea para quem não tem sequer o mínimo para necessidades básicas. Como dizia o antropólogo Betinho: “No primeiro momento eles querem comida. Mas no segundo querem trabalho e dignidade”. Também é uma forma de levar conforto imediato às pessoas que sofrem com catástrofes.

A responsabilidade social deve ser uma atividade praticada em todos os dias do ano. As ocorrências e necessidades ocorrem diariamente nas entidades e na vida dos desassistidos. É importante não ficar apenas nas doações, pelo contrário, devemos proporcionar àqueles que precisam programas de incentivo para que consigam se manter, sem depender de um auxilio permanente.

No Brasil o conceito de responsabilidade social e de ajuda ao próximo, ainda se encontra em estágio de maturação. Em países desenvolvidos como é o caso americano, o entendimento já é um ideal cultural, enraizado no histórico daquele povo, movimentando altas somas anuais voltada ao auxílio aos mais necessitados.

O desenvolvimento de um país depende da inserção social que possibilita a todos o acesso às necessidades básicas. Para que haja a mudança, toda a sociedade deve se mobilizar para diminuir efetivamente as desigualdades existentes.


Nota do Editor: Haércio Suguimoto é advogado, formado pela USP – Universidade de São Paulo e comerciante. Há 24 anos realiza trabalho voluntário no Lar Escola Cairbar Schutel (www.cairbarschutel.org). Desde 2008 é presidente da entidade.

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