De acordo com dados do IBGE, o Brasil tem mais de 5 milhões de pessoas com deficiência auditiva e segundo o Censo Escolar mais de 60 mil crianças com surdez estão matriculadas na Educação Básica. A melhor forma de diminuir esses números é a prevenção, e os pais são os primeiros a observar e estar atentos ao que pode ser feito para evitar uma possível deficiência ou até a surdez.

A fonoaudióloga Camila Quintino, gerente de produtos da Starkey Laboratórios, alerta para os sinais que a criança oferece para a identificação dos problemas auditivos. “A observação dos pais é muito importante”, adverte a fonoaudióloga. A principal pista de falta de audição é o bebê não ter reação aos estímulos auditivos do meio ambiente dentro do esperado da etapa do desenvolvimento.

O esperado para um bebê até quatro meses é se assustar com certos ruídos. Dos quatro aos seis meses a criança começa a procurar os sons movendo a cabeça para os lados. Dos seis aos nove meses começa a balbuciar e reconhecer sons familiares, além do próprio nome. “Se dentro dessas etapas a criança não reagir como o esperado, deve-se procurar um otorrinolaringologista urgente para uma avaliação da audição”, orienta Camila.

Se os pais não perceberem nos primeiros meses de vida, certamente irão identificar ao longo dos anos. O desenvolvimento da linguagem oral não ocorrerá normalmente. Haverá trocas na fala e dificuldades na escola, que poderão até mesmo ser identificadas por um professor durante as aulas, de acordo com o desempenho.

Segundo Camila, o teste da orelhinha é a forma mais eficaz de diagnosticar precocemente um possível problema na audição da criança. O aconselhado é que a criança esteja dormindo durante o exame para obter um resultado mais rápido. A solicitação de outros testes vai depender do resultado do teste da orelhinha, obrigatório em todo o Brasil.