Morreu um estudante, foi assassinado a tiros. Era um menino, não merecia ser tratado com tanta violência, aliás, ninguém merece. Quem o matou deve ser igualmente jovem. Algo vai mal no reino da Dinamarca, jovens devem viver a plenitude da saúde e da alegria da idade, não é direito que morram assassinados. Não é direito, não é humano, não é cristão, é uma aberração que deveria deixar a todos indignados. A morte, embora certa, aliás, a única certeza da vida, não está de todo assimilada pela espécie humana. Ficamos perplexos quando morre um velho de causas naturais. A sociedade tem de encontrar uma forma de evitar que tantos jovens morram antes de começar de fato a viver. Hoje a principal causa de mortes na faixa etária que atinge até quarenta anos, está creditada aos assassinatos, na guerra civil não declarada que há no Brasil. Alguns morrem, outros permanecem vivos em cadeias, embora mortos socialmente. A maioria dessas mortes precoces pode ser creditada às drogas. A devastação que produzem é uma realidade. O ser humano usa drogas desde que o mundo é mundo, o álcool está disseminado e aceito como costume social quando é na verdade um dos maiores fatores de desagregação social. Sendo impossível proibir ou acabar com elas, é preciso ter uma visão menos hipócrita e mais realista do problema. Tentar transformar as drogas em simples caso de polícia é fugir da realidade. É caso de educação e esclarecimento. É possível exercer controle sobre elas em vez de ser por elas controlado. Melhor evitar, se não for possível, então conhecer e usar com prudência. Deveriam ser proibidas para menores de idade. O que se vê é a garotada tomando cerveja desde cedo, com a cumplicidade dos adultos. É caso para ser pensado. Morreu uma estudante de 17 anos. Foi atropelada quando ia para casa após sair da escola. Na ocasião pedalava sua bicicleta. A fatalidade dos acidentes é demasiadamente irreal para ser compreendida. É difícil para um educador, imagino o quanto será para os parentes. É por isso que devemos iniciar uma campanha séria para disciplinar as bicicletas. Sabemos que o uso do cachimbo faz a boca torta, as imprudências diárias acabam virando rotina e um dia viram tragédia. Cabe aos poderes constituídos e a nós, cidadãos esclarecidos, tomar as rédeas desse jogo cruel, que ceifa a vida de gente inocente. Vamos ensinar regras de trânsito para a garotada! Voltaremos a falar sobre drogas e o papel dos educadores em relação a elas.