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Crônicas
24/09/2010 - 17h03
A sina de um escritor anônimo
Antonio Brás Constante
 

Pensando bem, ser um escritor desconhecido é uma veste que me cai bem, que lhe cai bem, que cai sobre os ombros de tantos outros também. Fora dos pedestais, procuramos alertas por sinais que se escondem de nossa procura. Nos desencontros de nossa lida de vida, escrita, transcrita, madura ou prematura. As tentativas frustradas são surras que levamos, por ousar almejar o reconhecimento que sonhamos.

A inexistência é o estigma que carregamos por toda existência. É nossa segunda pele, é o que sustenta nosso sentimento de impotência, diante de tantas potências que não enxergam o que lhes mostramos. E assim vão se passando milhares de horas, e assim vamos morrendo por dentro e por fora... Como ontem... Como agora.

Vagamos pela sombra de poucas estrelas, com idéias na mente e um lápis na mão. Portas fechadas à frente, caminhos interditados sem passagem aos nossos passos. Dedos gigantes apenas apontam para seguirmos viagem de volta à multidão, que segue sem alento rumo ao esquecimento.

“Este mundo não lhe pertence”, “DESISTE!”. “Teu trabalho é bom, mas não temos espaço para tal expressão”. “Tenta daqui a algumas semanas, meses, anos”. Sua presença indesejada teimosamente nesta estrada, só merece uma resposta amarga: “sinto muito, mas no momento não queremos nada”.

Desculpe-me foi engano, a verdade dolorida muitas vezes não deve ser dita. Esta maldita realidade imposta e de tal forma impossível de ser transposta. Aqui fico parado na beira desta carreira, como um caroneiro que espera em uma porteira pela passagem do sucesso. Sou tal qual a poeira exposta pelas ruas, que se perde na eternidade das veracidades nuas, destes pequenos versos...


Nota do Editor: Antonio Brás Constante (abrasc@terra.com.br) é escritor.

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