Estratégias para a sustentabilidade
O calor que ultrapassa aos 40 graus está sendo sentido pela população mato-grossense em especial a cuiabana, envolto pela névoa seca de fumaça e poeira, cujo vento quente sopra e abafa os ambientes, produzindo uma sensação térmica inenarrável e desconforto sem igual. São mais de 70 dias sem chuvas, a estiagem castiga, os rios secam, e o abastecimento da água está comprometido. Prejuízos já se avolumam nas empresas, o desemprego aparece fortemente, as escolas param. Há cidades em situação de emergência. Embora estando no final de setembro, a primavera ainda não chegou aqui, as mangueiras, os cajueiros clamam por chuvas, a sociedade roga por gotas d’água. São os sintomas, em pequena escala das mudanças climáticas. As ações humanas bombardeiam o planeta com lixo sólido e líquido, CO², saqueiam, desmatam, queimam, e não param de extrair minerais e combustíveis fósseis das entranhas da terra, dos rios e do mar. É o holocausto da natureza. Estas ações favorecem ao aquecimento global, ao efeito estufa, ao degelo da placa polar, a estiagem, as inundações. Será possível nestas condições ser ideal para a extinção também da raça humana? No meio deste caos ambiental e social, o ser humano é o único ser vivo pensante, capaz de refletir e agir, para buscar alternativas que possam reverter a situação, de preservar e prevenir a vida, para seus filhos, netos... É imperativo viver com sustentabilidade! Há empresas contribuindo neste processo. Em Mato Grosso, por exemplo, já temos o Instituto EcoGente - Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Socioambiental, ensinando lições de futuro. Afinal, o que é Sustentabilidade? É a capacidade de satisfazer as necessidades humanas, gerando e armazenando mais energia, para manter o processo de sustentação do sistema, sem comprometer o ambiente natural e sem lesar o direito das gerações futuras. Desenvolvimento sustentável é usar a nossa ilimitada capacidade de inteligência para planejar em vez de usar os limitados recursos naturais. Agir sem pensar, ou “pensar” somente sob a ótica do capital, de lucros rápidos, é covarde, egocêntrica, ignorante e comodista, denota ausência de princípios morais elevados e de ética. Não é racional explorar e submeter à natureza para deixar uma trágica herança, criando um universo artificial caótico, com conseqüências devastadoras, para si próprio e para seus herdeiros. Nota do Editor: Cecília Arlene Moraes é administradora, mestre em Saúde e Ambiente, doutoranda em Psicologia (PUC/GO), professora da UFMT, Permacultora, Consultora em Gestão Sustentável. E-mail: athenna@terra.com.br.
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