Aposta da medicina atual
O sangue do cordão umbilical é cada vez mais usado em tratamentos regenerativos. As células retiradas do cordão umbilical ou medula óssea são chamadas de multipotenciais, são células adultas e pela quantidade disponível, podem ser utilizadas em mais de 50 tipos de doenças sanguíneas, desde 1968, quando dos primeiros tratamentos de leucemia. Com o avanço da criogenia (ciência que conserva células vivas através do frio), é possível guardar as células-tronco do sangue do cordão umbilical num banco especializado para usa-las quando houver a necessidade. “Cada vez mais casais buscam coletar e armazenar as células-tronco do cordão umbilical de seus bebês. É uma garantia para o tratamento de várias doenças em qualquer momento da vida. Além disso, a compatibilidade é total e a disponibilidade é imediata”, explica o diretor do Centro de Criogenia Brasil, Carlos Alexandre Ayoub. Atualmente, a medicina estuda técnicas de aplicação com as células-tronco para determinados tratamentos, como por exemplo, paraplégicos, asma, diabetes, Mal de Alzheimer, derrame, infarto, visão entre outras. São inúmeras pesquisas realizadas com essas células especiais e que trazem a esperança em cada paciente que vê melhora na qualidade de vida, por meio desses tratamentos. A coleta do sangue do cordão é feita sem qualquer risco ou lesão para mãe ou bebê, além de não interferir no procedimento obstétrico. O sangue do cordão umbilical é transferido para uma bolsa, no momento do parto. No laboratório as células-tronco são selecionadas e se dá o início ao processo de criopreservação (congelamento programado por meio de computador), até os negativos 196°C. “Acredito que ainda há muito que descobrir. Muitos pais estão apostando na coleta e no armazenamento de células-tronco para poder usa-las no futuro, se houver necessidade. Afinal as células-tronco podem se transformar em 216 tipos de células que formam o corpo humano” finaliza Ayoub.
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