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Medicina e Saúde
10/10/2010 - 07h48
Cigarro eletrônico: propaganda enganosa
 
 
Especialistas desaprovam o artefato e acusam indústria de promover ainda mais o vício entre os fumantes

O cigarro eletrônico, desenvolvido por uma empresa na China, foi lançado com o objetivo de auxiliar os fumantes a abandonar o vício, apresentando-se como uma alternativa a mais nesta luta, ao lado de adesivos e chicletes de nicotina.

No entanto, o produto simula literalmente um cigarro verdadeiro. Quando tragado, o ar flui pelo dispositivo e ativa um atomizador, que injeta microgotículas de nicotina líquida no ar. A sensação de estar fumando um cigarro normal é a mesma, já que até o vapor produzido imita a fumaça liberada.

Os fabricantes do artefato garantem que não são causados danos à saúde dos consumidores. Entretanto, seu comércio no Brasil já foi proibido pela Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, uma vez que não há pesquisa ou estudo que comprove a eficácia nem a segurança do produto, que deve primeiro passar por um processo de aprovação sanitária antes de ser comercializado.

Segundo o dr. Igor Bastos Polonio, presidente da Comissão de Assuntos da Grande São Paulo da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), parece impossível transformar nicotina em vapor líquido sem que haja uma combinação química que não afete o organismo.

“Não se sabe quantas substâncias estão presentes no cigarro eletrônico ou o quanto ele prejudica a saúde. Como não há estudos sobre ele, ainda não é possível afirmar que o produto efetivamente cause câncer, porém sabe-se que a nicotina pode causar doenças cardiovasculares, como infarto e derrame”, adverte.

A opinião da diretora-executiva da Aliança de Combate ao Tabagismo (ACT), Paula Johns, concorda com o médico, aprovando a decisão da Anvisa em proibi-lo. “Os reguladores entendem que o cigarro eletrônico é mais uma forma de manter o consumo de cigarro, em um contexto mais restritivo, só que propagandeado como uma ajuda para parar de fumar”, afirma.

Paula acredita que em termos de saúde pública em nível populacional, o cigarro eletrônico tenha menos impacto, porém, não é suficiente para que seja liberado. Segundo ela, apenas quando os fabricantes fundamentarem, através de estudos, que o produto realmente ajuda a população a parar de fumar, o caso deve ser reavaliado.

Cigarro eletrônico x cigarro convencional

Parece não fazer muito sentido o fato do cigarro eletrônico ser proibido, enquanto a versão convencional continua à venda normalmente. Conforme Paula Johns, o cigarro é um acidente histórico e se beneficia do fato de não existirem informações sobre os seus malefícios na época em que surgiu.

“O número de usuários de cigarro hoje em dia é muito grande. Torná-lo ilícito seria fazer com que um bilhão e 200 milhões de pessoas fossem criminalizadas. Por isso o assunto é trabalhado dentro de uma perspectiva de saúde pública, que tenta regular os danos ocasionados, e não do ponto de vista criminalizador.”

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