|
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou o registro de 130 medicamentos similares de alto risco que nunca foram submetidos a testes. A relação dos remédios foi divulgada nesta terça-feira pelo Diário Oficial da União (clique aqui para ver a lista completa). Os produtos que tiveram a venda proibida eram utilizados no tratamento de distúrbios psiquiátricos, problemas cardíacos, hipertensão e asma. Esses produtos tiveram os registros cancelados e a fabricação e distribuição proibidas porque os laboratórios não apresentaram à Anvisa os teste que provavam que os similares tem a mesma eficiência dos medicamentos de referência. O similar seria uma cópia dos medicamentos de referência, que é o produto de marca, pesquisado e desenvolvido por um laboratório. Os testes exigidos pela Anvisa são realizados em seres humanos e demonstra em qual quantidade e quanto tempo, depois de administrado, o princípio ativo dos remédios atinge a corrente sanguínea. A partir disso, verifica-se se a eficiência do medicamento similar é a mesma do de referência. Os laboratórios têm 30 dias, a partir de hoje, para recolherem os produtos das farmácias, hospitais e postos de saúde. A Anvisa também suspendeu temporariamente a fabricação de outros 30 medicamentos. Esses produtos já cumpriram parte dos testes exigidos por isso terão mais um ano para apresentar os resultados. O gerente de medicamento da Anvisa, Dirceu Raposo, ressaltou que não haverá falta de remédios no mercado. "Não haverá de maneira alguma desabastecimento do mercado, já que todos esses produtos têm mais de um fabricante e todos eles têm medicamentos genéricos, já submetidos a testes". Atualmente, existem cerca de 18.000 medicamentos comercializados no Brasil. Sendo que 70% deles são similares. Anvisa recomenda que pacientes que procurem médicos para obter informações de medicamentos suspensos O presidente da Anvisa, Cláudio Maierovitch, disse que o consumidor não deve ficar preocupado se vem usando um desses remédios, devendo no entanto procurar o seu médico se estiver sentindo efeitos adversos que possam ser atribuídos ao uso. Segundo ele, o ideal é que os médicos receitem para os pacientes medicamentos apresentados na fórmula correta e ao melhor preço, pois muitos similares chegam a ser mais caros que os originais e os genéricos. Maierovitch informou que até 2009 todos os similares que estão no mercado serão submetidos em centros habilitados credenciados pela agência ao teste de equivalência farmacêutica e até 2014 todos os similares já terão passado também pelo teste de biodisponibilidade relativa. Quem deixar de cumprir a legislação sanitária está sujeito a penalidades de multas de R$ 2000 a R$ 1,5 milhão, podendo acontecer até a interdição do estabelecimento.
|