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Medicina e Saúde
07/11/2010 - 06h41
O uso da crioterapia na cirurgia dermatológica
 
 

Crioterapia é uma técnica de tratamento por congelamento, atualmente realizada por meio do nitrogênio líquido, que diminui a temperatura dos tecidos ou das células. Na dermatologia, esta terapia é usada para tratamentos de lesões cutâneas, de manchas e para remoção de verrugas.

Para entender melhor como este método terapêutico pode ser aplicado em doenças da pele, entrevistamos o Dr. Eugenio Pimentel (CRM-SP 28747), Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e responsável pelo Serviço de Cirurgia Dermatológica e Cirurgia Micrográfica de Mohs da Divisão de Dermatologia do Hospital das Clínicas (USP).

1. Qual o conceito de crioterapia?

Também conhecida como “terapia pelo frio”, a crioterapia abrange um conjunto de técnicas utilizado por várias especialidades médicas, para diminuir inchaços, tratar edemas, aliviar dores, inflamações, dentre outras finalidades. O termo crioterapia designa o uso do frio e a diminuição de temperatura da região para tratar uma determinada doença ou sintoma.

2. Quando começou a ser usada no campo dermatológico, e como isso é feito?

A criocirurgia é utilizada no campo dermatológico desde 1851, quando James Arnoldt apresentou o primeiro equipamento de criocirurgia. O primeiro criógeno a ser utilizado em Dermatologia foi o gás carbônico, que chegava a temperatura de -79°C, mas era limitado para o tratamento de lesões bem superficiais. Durante a Segunda Guerra, conseguiu-se produzir o nitrogênio líquido a -196°C, com uso praticamente sem riscos. Na década de 1960 iniciou-se a construção dos primeiros aparelhos que aplicavam o nitrogênio líquido que oferecia boa penetração do congelamento na pele, com possibilidade de ser utilizado no tratamento de tumores cutâneos e com boa eficácia nos casos indicados. Hoje, utiliza-se essa substância para congelar e destruir algumas lesões cutâneas.

3. Na dermatologia, em quais situações/doenças é indicado o uso da crioterapia?

A criocirurgia é uma opção terapêutica adequada para tratar tumores cutâneos benignos, pré-malignos ou malignos, lesões cutâneas pequenas, médias ou grandes, manchas na pele, remoção de verrugas, molusco contagioso, queratose seborreica, hemangioma, queratose actínica, Doença de Bowen e carcinoma basocelular.

4. Esse tratamento é uma opção em quais outros procedimentos?

A criocirurgia é uma boa alternativa para quem não pode fazer um tratamento com o uso do bisturi elétrico, quem tem problemas de coagulação, idosos, hipertensos ou outras contra indicações cirúrgicas. Ele também é uma opção aos tratamentos que utilizam cáusticos, curetagem, eletrocoagulação.

5. A crioterapia pode ser usada junto com algum outro procedimento dermatológico? Qual e por que?

Ela é muito associada à curetagem e eletrocoagulação de lesões, pois pode-se remover grandes lesões e associar a crioterapia nas bordas da lesão para evitar recidivas.

6. Como o nitrogênio líquido age no local de aplicação?

O nitrogênio líquido a -196°C provoca o congelamento das lesões cutâneas e reduz sua temperatura para muito abaixo de zero, alteração que leva à destruição do tecido doente. Em geral, a aplicação é feita de duas formas: por meio de um spray que borrifa um jato de nitrogênio líquido diretamente na lesão, ou por meio do congelamento de ponteiras encostadas no local a ser tratado.

7. A crioterapia pode ser realizada em consultório ou somente em hospitais?

A criocirurgia pode ser realizada com segurança em consultórios.

8. Após a retirada de uma verruga com crioterapia, como fica o local? A pessoa pode se expor ao Sol?

Após o procedimento, pode haver inchaço e formação de bolhas, dependendo do tempo de aplicação. Também pode ocorrer o escurecimento da região tratada por causa da morte do tecido. A célula morta pode formar uma crosta, que cai dentro de alguns dias. É importante evitar a exposição ao Sol, porque pode aumentar o risco de má aparência.

9. Quais são os cuidados no pré e no pós-operatório dessa cirurgia?

Não há necessidade de cuidados pré-crioterapia. Já no pós pode ser necessário o uso de pomadas, de antibióticos e curativos.

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