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Opinião
11/11/2010 - 07h19
A população estimada e a real
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Já se tornou rotina. Toda vez que se divulga o resultado do Censo Demográfico, realizado a cada dez anos, aparecem prefeitos, vereadores e outras lideranças municipais e regionais reclamando do número de habitantes apurado. Dizem que o resultado encontrado pelos recenseadores não condiz com a realidade e ameaçam pedir recontagem ou tomar providências contra o instituto recenseador. Mas tudo não passa de manifestações jogadas ao vento porque, via de regra, as reclamações são feitas apenas pela imprensa e o instituto nem chega a ser abordado. O povo é o grande enganado, pois vê o movimento e não é informado sobre seu resultado (até porque não há resultado).

É comum que os políticos marketeiros sejam generosos ao estimar o número de habitantes de uma localidade. Questão de bairrismo, oportunismo, demagogia, criação de clima positivo e outros quetais. Muitos discursam como verdadeiros vendedores de ilusões e, depois, se vêem na obrigação de questionar a pesquisa populacional, que não condiz com a sua pregação. Mas, como sabem da insustentabilidade daquilo que dizem, nada fazem.

O trabalho de recenseamento, pelo que consta, é feito com bons critérios e merece confiança. A tecnologia moderna, que substituiu o formulário de papel pelos computadores de mão, tende a conferir mais segurança aos dados apurados. É evidente que todo trabalho é passível de erros e distorções e, por isso, conta com sistemas de análise e crítica que detectam a falta de conformidade. O número de habitantes de uma cidade é um dos requisitos utilizados pelos governos estadual e federal para fazer o repasse de verbas às prefeituras. Não pode conter falhas, para evitar prejuízos ou vantagens indevidas à população. Se o volume populacional é contado errado, fica no prejuízo o município que teve aferida sua população como menor do que a existente e acaba lucrando o que teve seu número de moradores superestimado.

Autoridades municipais e dirigentes do órgão recenseador têm de falar a mesma língua. De nada adiantará prefeitos e vereadores baterem de frente com o instituto e este ignorar os questionamentos. Nós, o povo, queremos transparência. Que o trabalho censitário seja confiável e represente, efetivamente, aquilo que cada município é, sem favorecimentos nem desmerecimentos. Da confiabilidade desses dados – e não do discurso fácil dos políticos – é que dependem os recursos que nossas prefeituras receberão para saúde, educação, moradia, trabalho e uma série de outros serviços públicos. Tudo tem de ser feito dentro de métodos seguros e modernos, jamais no “achismo” ou na militância ou pressão de setores que, em vez de reclamar, têm a obrigação de colaborar e exigir trabalhos de alta qualidade e absolutamente condizentes com a realidade. Sem fantasias nem projeções megalomaníacas.

Temos de saber, com certeza, quantos somos (nem mais, nem menos) para, com isso, reclamar nossos direitos...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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