Quando a menina ficou órfã, seu tio tutor a mandou para um internato em outra cidade, de onde ela saía apenas nas férias. Anos se passaram e quando estava para terminar o Curso Normal o tio faleceu. Por este motivo ela resolveu permanecer ali mesmo. Tornou-se professora e morava no colégio junto com as freiras, o que não a incomodava, tão habituada estava àquele ambiente. Mas não tinha vocação religiosa, tendia mais para as artes, em especial para a música. Estudava piano e passou a tocar muito bem.

Quem ouve o relato logo pensa que triste sina desta mocinha, apartada da vida no mundo, enclausurada num colégio de freiras... Mas se engana, porque assim mesmo ela arranjou um namorado. Acontece que nas festas de fim de ano ela sempre se apresentava ao público e foi justamente isso que chamou a atenção de um conceituado professor de Música. Apaixonou-se por ela e foi correspondido. Começaram a namorar e como não havia pai nem mãe para vigiá-los, sentavam-se na sala de visitas do internato acompanhados da Madre Superiora e sua assistente!

Enfim o casamento se deu e eles foram felizes para sempre. Deixaram muitos descendentes, entre os quais a tataraneta que me contou a história...