26/08/2025  05h03
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
20/11/2010 - 15h06
Assaltos e câmeras de monitoramento
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

O crime é migrante. Quando a polícia aperta o cerco nas suas áreas de maior incidência, os criminosos mudam o alvo, o local e o “modus operandi”. Deixam, por exemplo, de roubar bancos e passam a assaltar joalherias e shoppings, param de agir na “saidinha de banco” e invadem residências e estabelecimentos, seqüestram ou extorquem suas vítimas. Tudo é uma questão de facilidade e, principalmente, de vulnerabilidade do alvo. Nas periferias o crime mais comum é contra a vida e nas áreas ricas prevalece a ação contra o patrimônio. Tudo isso, no entanto, é tendência. Nada matemático. Tanto pode o cidadão ou empresário previdente acabar roubado, seqüestrado e até morto, e o imprevidente, por pura sorte, nunca ser incomodado.

A experiência tem demonstrado que, além dos cuidados básicos, o cidadão e principalmente o empresário e o poder público, têm a tecnologia como aliada forte e cada dia mais disponível. As câmeras de monitoramento, indispensáveis no planejamento de segurança, hoje, além da prevenção, facilitam em muito a ação das polícias na caça aos delinqüentes. As gravações dos circuitos de bancos, estabelecimentos e condomínios proporcionam a identificação e prisão dos agressores. Falta agora é o desenvolvimento governamental, de uma logística de atuação instalando câmeras em vias públicas para a proteção de pessoas e estabelecimentos. Isso equivale a integrar, ampliar e administrar os diferentes sistemas de segurança já existentes.

Hoje estão disponíveis no mercado, a preços compatíveis, sistemas capazes de monitorar com grande confiabilidade as ruas, passagens e o interior de estabelecimentos. Também ocorrem experiências de união da polícia com o empresariado para a instalação de sistemas. Mas são experiências isoladas e custeadas por rateio com prefeituras, entidades e cidadãos interessados em manter a segurança. Deveriam fazer parte de programas de governo e dispor de aporte de recursos públicos para sua instalação e manutenção. Há que se lembrar de que a segurança é um dos direitos sociais da população, determinado pela Constituição! (art. 6º).

Quando todas as vias públicas – a começar pelas mais movimentadas – estiverem monitoradas, com o registro de onde vêm e para onde vão as pessoas, as polícias poderão fazer o seu trabalho a partir da observação das imagens e só intervir no momento exato dos crimes. Gravadas, as imagens poderão ser comparadas aos álbuns e outras gravações de criminosos, apoiando as investigações. E, como resultado principal, o próprio ladrão evitará a área pois saberá da dificuldade de sucesso em sua empreitada.

A maioria das câmeras hoje instaladas nas vias públicas brasileiras têm a finalidade de punir o cidadão. Multam o motorista que comete infração. O poder público as mantém com a justificativa de oferecer segurança ao trânsito, mas o equipamento acaba servindo como meio de arrecadação suplementar. O sistema deveria ser empregado na defesa do cidadão. Além de “ver” as barbeiragens dos motoristas, deveria ver quando ele é assaltado ou incomodado. Não é possível colocar um policial em cada esquina, mas uma câmera ali instalada é capaz de oferecer a visão do local por 24 horas e ainda render material gravado para o serviço de inteligência policial.

A obrigação de promover a segurança é do poder público. Mas, na sua omissão, o empresariado já tem investido e, com certeza, deverá fazer tudo ao seu alcance, pois a escalada do crime não permite esperar a boa vontade governamental. O ideal é que façam o que lhe for --------- INADIÁVEL possível ------ e pressionem as autoridades para que o Estado responda com sua parcela e finalmente, assuma o trabalho. Suas vidas, sonhos e patrimônio estão em jogo e a solução pode estar na câmera e num bom sistema integrado...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.