Cresce procura por implante coclear, que tem mudado a vida de pessoas com problemas auditivos
O número de pacientes com deficiência auditiva que têm procurado pelo “ouvido biônico”, ou implante coclear, tem aumentado significativamente nos últimos anos. Com a obrigatoriedade de cobertura pelos planos de saúde, incluindo o SUS, foram realizados 479 implantes em 2009 só na rede pública. O procedimento cirúrgico consiste na colocação de um aparelho estimulador que capta o som e o transforma em impulsos elétricos, posteriormente decodificados pelo cérebro. Após a interpretação da informação no cérebro, o usuário do implante coclear é capaz de experimentar a sensação de audição. Após cirurgia de duração relativamente curta, o paciente poderá ter alta no mesmo dia e recuperação total em até cinco semanas, dependendo do caso. A ativação dos eletrodos é feita somente após quatro semanas. A pós-cirurgia deve contar com acompanhamento do otorrino e também de fonoaudiólogo, bem como se recomenda audiometria e mapeamento dos eletrodos. Desde o 1º implante realizado no Brasil, em 1977, muito se avançou na técnica e na modernização dos aparelhos. Os atuais implantes são considerados de 3ª geração, garantindo segurança para que um deficiente auditivo, já aos 6 meses, possa ser operado. “Quanto mais precoce for o diagnóstico e a cirurgia, melhores serão os resultados”, afirma Arthur Castilho, otorrinolaringologista do Hospital Bandeirantes, do Grupo Saúde Bandeirantes, de São Paulo. Em casos de pacientes que não possuam convênios médicos, o custo pode ser altíssimo, já que só o aparelho custa em torno de R$ 60 mil e deve ser importado da Austrália, Áustria ou Estados Unidos. É Importante ressaltar que a indicação de um paciente para cirurgia deve ser avaliada por especialistas, como psicólogos e fonoaudiólogos, além do próprio médico.
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