Nos últimos meses foram registrados diversos casos de ladrões que invadem o culto e levam o dinheiro arrecadado, além de pertences pessoais dos fiéis, como celulares e jóias
Nos últimos seis meses, pelo menos 11 roubos e 13 furtos foram registrados em igrejas de São Paulo (*) durante as celebrações religiosas ou em outros momentos em que o local está aberto para os fiéis. O alvo principal dos bandidos são os líderes religiosos, abordados para interceptação do dinheiro arrecadado. Da mesma forma, os frequentadores estão sujeitos à ação criminosa, já que pertences pessoais também são levados na maioria dos casos. Uma das precauções realizadas pelas igrejas está relacionada a investimentos em segurança, tanto na parte tecnológica como em pessoas. “Essas medidas são necessárias e importantes, porém não suficientes para inibir por completo a ação dos bandidos”, assegura o especialista em segurança Nilton Migdal. Segundo Migdal, o ladrão mudou a ideia de assalto. “Agora ele prefere lugares onde há muita gente, assim o volume a ser roubado também será maior. Um exemplo claro disso são os assaltos a residências: antes as casas eram os principais alvos, enquanto hoje os condomínios são mais visados”, revela. Além da instalação de câmeras e contratação de segurança, o especialista dá outra dica importante. “Uma sugestão interessante é a utilização de cofres boca de lobo, que possuem abertura apenas para a entrada do dinheiro. Outra ação preventiva é a instalação de detectores de metal na entrada, o que também inibe significativamente a ação dos bandidos, além da importância de treinamento preventivos aos que trabalham nas igrejas”, acredita. O especialista faz ainda um alerta para os fiéis. “Tenha sempre muita atenção às pessoas que estão ao seu redor; os bandidos são preguiçosos e gostam de alvos fáceis! Além disso, não ostente objetos de valor pois, além de desnecessário, serve de estímulo para os criminosos”, finaliza Migdal. (*) Dados publicados pelo jornal O Estado de S. Paulo.
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