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Opinião
13/12/2010 - 13h42
Vamos fazer de 2011 o ano da diversidade?
Antonio Carlos Pereira
 

Clima de alegria e descontração, pessoas mais próximas uma das outras: é o espírito predominante na época de Natal e Réveillon. Mas será que as empresas estão aproveitando essa atmosfera de união entre as pessoas para colocá-la em prática nos ambientes de trabalho? Como vem sendo tratada a integração entre os diferentes funcionários nos espaços profissionais? Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa recente do Instituto Ethos e do Ibope Inteligência, somente 1,5% dos profissionais das 500 maiores empresas brasileiras são deficientes, o que revela a baixa taxa de diversidade nesse aspecto.

Diante disso, é bom destacar que, no caso dos deficientes, não é suficiente apenas respeitar a legislação que obriga empresas com mais de 100 funcionários a contratar de 2% a 5% de profissionais com algum tipo de deficiência. As organizações precisam ir além. Isso significa criar medidas de real inclusão, como rampas apropriadas, ou seja, práticas alternativas que tornem o profissional cada vez mais próximo da realidade da empresa para que ele não seja tratado como alguém diferente dos outros.

Essa atitude de valorização da diferença é fundamental para que haja de fato a inclusão social e o fim do preconceito nos ambientes de trabalho, não só em relação aos deficientes, mas também quanto à diversidade de raças, idades e sexo. O tempo de festas é um ótimo período para a criação de medidas inclusivas, mas é importante lembrar que essas não são instantâneas e feitas de um dia para o outro. Às empresas, cabe a tarefa de desenvolver práticas efetivas e duradouras para a integração entre profissionais de ideias, pensamentos e características diferentes.

Mas será que as organizações estão preparadas para isso? Parece que ainda não, já que das 850 mil vagas estimadas às pessoas com deficiência, apenas 23,8% delas são cumpridas de acordo com a legislação. Além disso, os negros, por exemplo, ainda são minoria nos cargos de gerência das empresas. O fato é que há ainda muito a ser feito em relação à verdadeira inserção dos diferentes funcionários nos ambientes profissionais.

Precisamos lembrar que, por meio de medidas eficientes, a empresa ganha em todos os sentidos, interna e externamente. Ou seja, a equipe de profissionais trabalha mais motivada, o que gera mais produtividade. Além disso, práticas inclusivas são encaradas de forma positiva por parte dos consumidores, atualmente mais exigentes e em busca de empresas que inovem. Assim, a imagem da organização também é elevada e passa a ser encarada como parte integrante da sociedade.

Então, o que as empresas estão esperando? Organizações como a AACD já possuem programas que visam à inserção no mercado de trabalho de pessoas com deficiência, por exemplo. Segundo dados da instituição, de 2008 a 2010, 674 deficientes físicos membros da associação foram contratados por empresas de diversos setores. Pode ser uma boa oportunidade, o primeiro passo para as empresas que caminham rumo à real inclusão social.

Por isso, não fique parado, empresário: invista em práticas inclusivas. E você, colaborador, busque se integrar aos distintos funcionários, valorizando o diferente como um complemento para sua própria individualidade. Vamos transformar o clima de união característico do Natal e do Réveillon em uma prática rotineira nos ambientes profissionais para o próximo ano. O sucesso depende do trabalho de todos, em que cada um traz sua contribuição para o bom desempenho da empresa.


Nota do Editor: Antonio Carlos Pereira (www.antoniocarlospereira.com) é consultor, palestrante com mais de 17 anos de experiência executiva em vendas e aplicação de soluções práticas para o cotidiano corporativo. Sócio-diretor da Areté, empresa especializada em treinamento e desenvolvimento profissional.

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