| Divulgação |  | | | São Gonçalo. |
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Diante de tantas interferências que o povo caiçara sofreu e que provocaram a descaracterização de parte de nossa cultura, manifestações seculares ainda persistem junto as comunidades caiçaras mais tradicionais tais como a Dança de São Gonçalo que pode ser apreciada no último sábado, 11 de dezembro, como pagamento de uma promessa do Sr. Jurandir (Didi) do bairro do Prumirim, sendo realizada num espaço próximo a capela São Judas Tadeu na praia Vermelha do Norte reunindo dezenas de pessoas que puderam conferir essa tradição caiçara mais de perto. A dança contou com a participação de 10 casais que em reverência ao glorioso São Gonçalo dançaram e sapatearam com muita fé e devoção ao som de viola do mestre Sr. Dito Fernandes, contramestre Seu Jorge e Pedrinho e rabeca com Marinho, por aproximadamente três horas com duas breves pausas. No início da dança foram feitas as recomendações pelo mestre da dança Zeca, que ilustrou a tradição dizendo que essa dança ele aprendeu com seus antepassados, que só iria parar de dançar quando Deus quisesse e que estaria disposto a passar esses conhecimentos às novas gerações para que essa tradição não venha a desaparecer de nossa cidade. Durante a apresentação recebemos a ilustre presença do Revmo. Frei Bruno Manzoni que prestigiou o momento ressaltando a importância de tal manifestação para a solidificação da fé junto às comunidades mais afastadas. Dentre as cidades do litoral norte e região, Ubatuba é a cidade que possui um amplo acervo imaterial com danças peculiares como os da suíte de danças do Fandango Caiçara (Xiba, Ciranda, Cana-verde, Canoa, Caranguejo, Tontinha, Chapéu), Folia do Divino e de Santos Reis esta última totalizando aproximadamente oito grupos na ativa em nossa cidade, Congada de Bastões - Sertão do Puruba, Quadrilha e Dança da Fita - Itaguá, Dança de Boi e bonecões de cortejo João Paulino e Maria Angu os quais necessitam de apoio da comunidade e órgãos oficiais para a manutenção e revitalização desse patrimônio que é não só de Ubatuba, mas do Brasil. Pastoral Fé e Cultura Rogério Estevenel de Oliveira estevenel@hotmail.com
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