Muitas vezes ouvimos histórias comoventes sobre a fidelidade dos cães. Um exemplo é a história de Hachiko Monogatori que após a morte do seu tutor, o esperava todos os dias exatamente às 3 horas da tarde, durante dez anos. Não é difícil achar casos parecidos com este aqui no Brasil, onde famílias deixam seus cães a centenas de quilômetros e depois são surpreendidas com o retorno do mascote. As pessoas perguntam por que, mesmo tendo sido desprezado por seu tutor, o bichinho ainda o procura. Acontece que alguns cães criam um vínculo tão forte com seus donos que a sua sobrevivência depende do contato com essa pessoa. Mesmo que o cão seja levado para longe, não medirá esforços para estar próximo de quem ele tanto ama e depende. Muitos especialistas dizem que essa atitude dos cães não passa de um instinto de sobrevivência, e que o cão precisa do contato com a matilha por não se achar capaz de sobreviver só. Particularmente, eu observo os cães de mendigos. Na maioria dos casos, eles são animais muito felizes, mesmo com a pouca comida e a vida dura, ficam soltos e não se desgarram da matilha. Quando anoitece todos se juntam, dividem a comida e depois dormem como uma verdadeira família. Existem casos de cães que podem sentir o seu estado de espírito. Se você está doente ele não deixa você um só instante. Quando você sai, ele fica quieto como se te aguardasse. De repente, como por telepatia, ele salta! Sim... Ele pressente que você irá voltar pra casa! Como isso é possível? Nós perguntamos e a resposta está lá... No fundo da alma! Nota do Editor: Jorge Pereira é cinotécnico e etólogo, especializado em comportamento canino.
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