Otite e conjuntivite são queixas comuns para quem toma banhos de mar e piscina
O verão começa oficialmente do dia 21 de dezembro, porém, as altas temperaturas já podem ser percebidas. Um banho na praia ou na piscina é sempre bem-vindo, mas especialistas alertam que é importante ficar cauteloso em relação à saúde. Segundo o otorrinolaringologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dr. Carlos Augusto Seiji Maeda, é preciso observar a frequência dos mergulhos e longos períodos dentro d’água para evitar infecções no ouvido. “A otite externa ocorre pelo contato do ouvido com a água durante a natação ou banhos em praias, piscinas ou rios”, esclarece e alerta: “A manipulação de objetos no ouvido ou ainda doenças do ouvido médio também podem causar a infecção.” De acordo com o Dr. Maeda, o paciente tem a sensação de água no ouvido, coceira, se queixa de dor e, às vezes, da saída de secreção pelo conduto auditivo. “Durante a natação podem-se usar protetores auriculares e deve-se evitar manipular os ouvidos com hastes flexíveis com ponta de algodão ou outros objetos”, ressalta. Para o oftalmologista e diretor da Clínica Canto, Marco Canto é também comum durante o verão à ocorrência de infecções oculares por causa do contato com a água contaminada de piscinas, do mar ou em locais inadequados para o banho. “Para evitar essas infecções, a principal orientação é evitar mergulhar em locais possivelmente contaminados e, na dúvida, só abrir os olhos debaixo da água com o uso de óculos de proteção”, enfatiza. Outra doença típica da estação é a conjuntivite. “No verão o maior contato com outras pessoas e a maior quantidade de componentes no ar causam mais sensibilidade nos olhos, o que facilita a transmissão da conjuntivite”, explica Dr. Marco Canto. A doença é transmitida pelo ar ou por contato direto, como por exemplo, pelas mãos, por toalhas, cosméticos, produtos de limpeza e outras substâncias. “Pessoas mais sensíveis ao cloro e a produtos utilizados na limpeza de piscinas também podem desenvolver conjuntivite alérgica”, lembra o oftalmologista. Diagnóstico e prevenção Para evitar a conjuntivite é necessário manter a higiene, lavar sempre as mãos, evitar ambientes poluídos ou fechados e não coçar os olhos. “Se os olhos ficarem vermelhos, coçarem, lacrimejarem, se houver a sensação de corpo estranho - como se você tivesse com areia nos olhos – e ainda se as pálpebras estiverem inchadas é importante procurar um oftalmologista”, orienta. Já o diagnóstico da otite é feito por meio de uma história clínica e de um exame otorrinolaringológico completo. “No exame observamos o inchaço do ouvido, hiperemia (aumento da vermelhidão) e secreção em quantidade e graus variados”, comenta Dr. Maeda. O tratamento é medicamentoso e recomenda-se que, nesse período, o paciente evite o contato da água no ouvido. Para evitar o problema, Dr. Maeda aconselha: - Sempre secar bem os ouvidos com uma toalha após nadar ou mergulhar; - Evitar entrar em mares e rios sujos ou poluídos; - Se sentir água no ouvido deve-se inclinar a cabeça para ambos os lados para que o líquido escorra e - Não usar hastes flexíveis com ponta de algodão dentro do conduto auditivo.
|