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Opinião
31/12/2010 - 15h05
O sonho do Ano Novo
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Comprar 7,6 mil carros populares ou quase 40 mil motocicletas de 125 cilindradas. Ou adquirir dez edifícios inteiros, cada um com 19 andares e 5 apartamentos por pavimento, considerando cada unidade com um preço de R$ 200 mil, ou deixar tudo depositado na poupança rendendo R$ 1,21 milhão todos os meses. Essa é a “dúvida cruel” que povoa a cabeça de muitos brasileiros apostadores na Mega da Virada, cujo sorteio está marcado para as 20 horas da sexta-feira, dia 31, na Praça da República (São Paulo), com transmissão ao vivo pela televisão. O prêmio está estimado em R$ 190 milhões, mas poderá ser ainda maior, dependendo do volume de apostas nessa reta final.

Com o marketing bem feito, o concurso da virada do ano acaba se transformando num momento de sonho para a população. Qualquer indivíduo forçosamente mudaria de vida tendo acesso a uma bolada como a prevista. Se não tiver problemas, passa a tê-los pois deverá, de alguma forma, administrar o patrimônio recebido e, se tiver sua identidade revelada, ainda ficará com a obrigação de proteger toda a família de possíveis seqüestros e até das mordidas dos próprios conhecidos e parentes. É a faca de dois gumes, que traz a vertente positiva de não ter mais problemas financeiros e a negativa de ter de proteger-se por possuir muito dinheiro.

Mas apesar de todos os prós e contras, todo cidadão sonha com a possibilidade de ter muito dinheiro. A esmagadora maioria não conseguiu chegar lá, mesmo trabalhando e economizando a vida inteira. A loteria é uma possibilidade concreta, mesmo que remota. Está, ao mesmo tempo, ao alcance e distante, pois o número de combinações é astronômico. Basta uma combinação errada para todo o sonho se desmoronar.

O sonho da bolada faz o pensamento voar. Muito apostador busca lá no fundo do baú as suas mais remotas vontades e vê desfilar à sua frente a possibilidade de vê-las satisfeitas. Mas não deve se esquecer de que, de concreto, há apenas a possibilidade e, portanto, não pode abusar. Deve apostar moderadamente, apenas o dinheiro que não lhe for fazer falta, pois a certeza maior é não ganhar o prêmio. Apenas um, dois ou pouco mais apostadores botarão a mão no dinheiro. O resto apenas pagará a conta...

O brasileiro está terminando bem o ano de 2010. O pano-de-fundo da loteria é apenas um adicional ao quadro das possibilidades para 2011. Nunca é demais lembrar que, de concreto, temos por vir apenas o mês de janeiro com a pesada carga de impostos a pagar e a esperança de que o ano seja bom para a saúde e para ganhar a vida em todos os sentidos. Não devemos, cometer excessos pois há vida que precisa ser vivida depois da Loteria e do Ano Novo. Que venham os novos governos, o Carnaval, a Semana Santa e todas as coisas boas para que, com elas, possamos enfrentar e vencer todas as dificuldades, que são inevitáveis.


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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