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SEÇÃO
Crônicas
31/12/2010 - 17h07
Embrulhada
Ana Bailune
 

Não sou como minha irmã, que fez curso de embalagens para presentes, bolos de festas, decoração de vitrines, culinária, tricô e crochê... minhas irmãs tem habilidades manuais incríveis! Uma delas é a rainha na cozinha, e costura muito bem; a outra, faz maravilhas em decoração de ambientes. Sabe forrar sofás e poltronas, confecciona cortinas e almofadas, sabe desenhar, enfim, cada coisa!...

A outra, sabe costurar e fazer assentos de cadeiras em palhinha.

Eu nasci por último, e as habilidades manuais já tinham sido distribuídas... a fada-madrinha estava cansada e mau-humorada, e não me sobrou muita coisa. Faço uns colares, mas fora isso, mal consigo desenhar uma linha reta ou efetuar um corte preciso usando uma tesoura...

E sobram sempre para mim os embrulhos de presentes de natal. Ai, meu Deus, como eu sofro! Sempre acabo gastando o dobro de papel, pois quando eu corto, apesar de medir, nunca sobra o suficiente para cobrir os pacotes... daí, aquelas emendas horríveis! Para evitá-las, quando o embrulho é maior, prefiro usar a folha inteira. Assim, não corro riscos.

E o durex, então? Meu porta-rolo de durex sumiu do mapa, e então, cortei os pedacinhos e fui prendendo nas costas da cadeira, para ir usando;  daí, quando eu puxava, eles se enrolavam em meus dedos e embolavam. Eu cortei outros pedaços, e alguns trouxeram juntos o verniz da cadeira, quando eu puxei. Pensei: "Vou cortar mais." Mas cadê a ponta do rolo de durex? Viro para um lado e para o outro... tento ir passando a unha para ver se a encontro.

Enquanto isso, começo a sentir calor; é a fúria esquentando! Saio para respirar um pouco, volto e recomeço tudo.

Finalmente, lá estão os embrulhos, terminados. Meio-tortos, papel um pouco embolado, mas foi o que eu consegui fazer. Pelo menos, as pessoas que receberem os presentes poderão ter certeza de que eu me esforcei.

No final eu sempre digo: ’Ano que vem eu vou entrar na fila das lojas e esperar, para que a funcionária faça os embrulhos.’ Mas cadê paciência para ficar na fila, segurando um monte de coisas e sentindo um calorão?

Não nasci para a coisa... antes de embrulhar os pacotes, acabo sempre me embrulhando...

Vou para a cozinha fazer os pavês; de chocolate com cereja e outro de pêssego. Penso em fazer um de chocolate lá para a minha casa, e um de pêssego para a casa do maridão. Calculo mal, sobra creme, e resolvo fazer mais um de pêssego. Mas o creme não dá, preciso fazer mais, e acaba sobrando mais creme e mais biscoitos (tive que abrir outro pacote). Resultado: quatro pavês! Felizmente, acabam todos os ingredientes, e como acabou também o chocolate granulado, improviso uma cobertura de suspiro para o último pavê.

Acho que vou mandar um deles aí para o Recanto (*).


(*) Recanto das Letras (www.recantodasletras.com.br)

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