Cândida albicans
Está chegando o final do ano, você está feliz, tudo na mais perfeita ordem, a não ser... Aquela "pedra no sapato", que já vem, provavelmente, desde a adolescência. Você até cuidou direitinho, seguiu todas as orientações médicas, porém... Voltou tudo de novo e, o que é pior, não sabe mais o que fazer, a não ser continuar cuidando "obsessivamente" de sua higiene íntima para ninguém perceber... Vamos conhecer um pouco sobre este terrível e constrangedor problema e, depois, acabar definitivamente, com ele? Mas, antes, é bom que você saiba que vírus e fungos propagam-se facilmente através da atividade sexual. Atualmente, são diagnosticados milhares de novos casos de doenças sexualmente transmissíveis (DST), incluindo a AIDS, infecções por Clamídias, Cândida albicans, ou candidíase, Trichonomas e por vírus do papiloma humano. Muitas pessoas sofrem de DST crônicas como Herpes, que exigem uma atenção constante por parte do sistema imunológico, para impedir surtos, que podem ocorrer em qualquer altura. As mulheres são mais vulneráveis a estes problemas e respectivas complicações, infecções, infertilidade, problemas na gravidez e até câncer, porque sua anatomia interna facilita o desenvolvimento dos micróbios. No caso específico da Cândida albicans, este é um problema, muitas vezes, não diagnosticado corretamente. Demonstrou-se, até, a não ser que a saúde intestinal seja levada em consideração, que a doença tende a recorrer. Uma série de sintomas pode ser conseqüência da candidíase crônica - alergias, dores abdominais, gazes, irregularidade menstrual, garganta seca, enxaqueca, infecção urinária, queda de cabelo, depressão, irritabilidade exagerada a produtos química, falta de energia, mal-estar, fadiga crônica e perda da libido. A candidíase é muito mais fácil de tratar logo no começo. Quando o fungo entra na corrente sanguínea e se espalhou, a erradicação fica cada vez mais difícil. Mas, afinal, o que é e, como ela se instala no organismo? A candidíase é uma infecção na região genital, provocada pelo fundo Cândida albicans, responsável por 72% das infecções genitais. Geralmente, se manifesta quando há uma queda no sistema imunológico, já que os fungos causadores da doença vivem na vagina de, aproximadamente, 20% das mulheres, além de estar presente na atmosfera. Não é uma doença de transmissão exclusivamente sexual, embora muita gente ainda pense assim. Existem, também, outros fatores, vulneráveis à infecção: Diabetes mellitus, gravidez, anticoncepcionais orais, antibióticos e anti-inflamatórios, medicamentos imunossupressores (que diminuem as defesas imunitárias), obesidade, ingestão excessiva de carboidratos, roupas muito justas e/ou sintéticas e uso de absorventes diários. Os sintomas mais freqüentes nas mulheres são o corrimento espesso - tipo nata de leite -, geralmente acompanhado de coceira e irritação intensa da vagina e vulva, que podem piorar na época da menstruação e com a relação sexual. Esses sintomas, ainda podem vir acompanhados de vermelhidão, inchaço e, eventualmente, pequenas bolhas na região genital. Numa mulher grávida a transmissão da candidíase pode atingir o bebê, durante o parto. A primeira providência para prevenir a doença é, sem dúvida, seguir uma alimentação diária, de acordo com seu tipo específico de sangue. Segundo Dra. Emília Pinheiro, terapeuta ortomolecular e especialista na Dieta do tipo sanguíneo, é importante a diminuição dos alimentos que formam gazes, já que, estes, matam as bactérias úteis, fazendo com que os micro-organismos nocivos fiquem em superioridade, favorecendo infecções de todo o tipo. "Leite e alimentos formadores de gazes só devem ser consumidos pela manhã, já que o organismo precisa de movimento para eliminá-los; e, assim, o intestino terá bastante tempo, ao longo do dia, para isso. Na hora do almoço, deve-se dar preferência a vegetais e carnes. À noite, as melhores opções são as sopas. Frutas não devem ser consumidas nesse horário, porque também, fermentam", explica. A especialista e autora do livro “Dieta Pelo Tipo Metabólico e Sanguíneo” (Ed. Unicorpore), sugere que a roupa íntima seja 100% algodão e, que as saias e vestidos sejam usados com mais freqüência, ao invés de calças compridas. "Calcinhas de Lycra, calças compridas apertadas e uso de absorventes diários abafam o aparelho genital, gerando umidade e calor, condições ideais para a proliferação de micro-organismos. E, sempre que a umidade natural incomodar, a opção é trocar imediatamente, de calcinha, todas às vezes necessárias, ao dia", relata. Em mulheres, vítimas contumazes da candidíase, apenas essas mudanças de hábitos podem não ser suficientes para prevenir a doença. O uso de lactobacilos é importante, por estimularem o aumento dos ácidos lático e acético, de algumas enzimas digestivas e da produção de antibióticos naturais; além de prevenir inflamações ginecológicas e melhorarem a digestão e absorção dos nutrientes e evitarem alergias e a terrível prisão de ventre, tão comum no sexo feminino. O uso de iogurtes fermentado pode não ser suficientes para tratar os sintomas das Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), que afetam cerca de 10% da população. O ideal é que seja feito o uso de probióticos vivos, adequados ainda, a cada tipo específico de sangue.
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