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Caríssimo Luiz Moura: Fazendo coro com sua apreciada coluna "De olho", tomo a liberdade de sugerir-lhe uma visita a um dos belos e importantes sítios turísticos de Ubatuba: o conhecido e muitíssimo frequentado “Cais do Porto”, na Ponta Grossa. Para lá vão, diariamente, moradores locais e turistas, em busca de diversão, quer por pescaria no “destruído” pontão do antigo cais, quer pelo prazer de nadar naquelas águas límpidas e aprazíveis ou, simplesmente, pelo prazer de apreciar a paisagem, o belo por do sol dos finais de tarde. Todavia, exceptuando-se essas atividades proporcionadas prodigamente pela natureza, tudo o mais é só tristeza, desde o início da estrada, na ponte da praia do Itaguá, até o pátio de “estacionamento”, o “pontão” onde outrora atracavam os barcos sardinheiros para descarregarem o produto de sua faina e carregar de gelo produzido na antiga e abandonada fábrica do Estado ali existente, enfim, um lugar especial de Ubatuba onde, no último domingo, eu e um sem número de turistas que lotaram o local para ver, mais de perto, um navio fundeado logo à frente, se apertavam, se altercavam, se esbarravam e se estressavam ao extremo, para conseguir manobrar seus veículos, mercê de NENHUMA condição de trânsito do piso da praça de manobras, num amontoado de pedras enormes e irregulares, que apenas com algumas marretadas já facilitariam a manobra dos veículos e o trânsito de pedestres, uma simples sinalização, enfim, de qualquer “retoque” que desse condição de receber turistas com um mínimo de segurança e conforto. Se, como apregoam, Ubatuba é uma cidade voltada, destinada ao turismo - e, mais recentemente, ao turismo dito “de elite” - trazido pelos navios que começam aportar por aqui regularmente, nada mais lógico e com pouco investimento, se faça uma urbanização do “Cais do Porto”, aí compreendendo a manutenção do atracadouro, da praça de manobra, de uma remodelação na abandonada fábrica de gelo para transformá-la numa “estação” de embarque/desembarque, com acomodações adequadas para informações turísticas, telefones e seus derivados para comunicação rápida e moderna, sanitários etc., enfim, transformar aquele lugar lúgubre e abandonado, num lugar digno de receber pessoas durante o dia ou à noite e apreciar o lindo “colar de pérolas” que ornamenta e delineia a enseada. Passa da hora de termos um local, senão construído e próprio, destinado ao desembarque e recebimento de turistas - e deixar de utilizar “pontão” alheio, ao menos para poder dar conforto razoável àqueles que para lá vão (e não são poucos, diariamente) em busca de diversão, fazer turismo e... se decepcionam com aquela triste cena, de absoluto abandono e total desconforto. É o básico do básico, o mínimo do mínimo, quando se pretende que o turista propague o que de bom viu por aqui e, o melhor, que retorne, trazendo o restante da sua família e demais amigos. Com a palavra o senhor secretário municipal de Turismo que, semanalmente, derrama pretensos ensinamentos na imprensa local, mas não tem olhos para o básico, a arrumação do “quintal” da cidade. É uma pena! Causa indignação e profunda tristeza! Enio Taddei dos Reis eniotreis@hotmail.com
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