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Opinião
15/01/2011 - 08h05
O estilo Dilma de governar
Dirceu Cardoso Gonçalves
 

Os assessores palacianos sentiram grande diferença entre o ritmo de trabalho de Lula e o de Dilma. Ao contrário do antecessor, a presidenta chega muito cedo e sai tarde, administra horários e sinaliza o propósito de fazer um governo mais gerencial e menos político. Formará três núcleos (políticas sociais, desenvolvimento econômico e cidadania), distribuirá tarefas e exigirá monitoramento e resultado das ações. Dentro da tradicional cultura, onde impera o “jeitinho brasileiro”, terá, sem dúvida, de dosar da forma mais sensível e adequada o gerenciamento e a política, pois não poderá abrir mão de um, nem do outro.

Se conseguir promover um bom nível de gerenciamento, seu governo fará a esperada diferença, pois a imagem da máquina pública brasileira é tradicionalmente desgastada. Apesar da existência de milhares de funcionários que trabalham com competência e dedicação, é conhecidíssima a figura daqueles que deixam o paletó na cadeira e saem para passear, dos assessores que não comparecem ao posto para onde foram nomeados e de esquemas perniciosos que emperram e burocratizam a máquina pública. O governo que conseguir fazer com que todos trabalhem como o estabelecido nos regulamentos de suas repartições, estará fadado ao sucesso, pois, até hoje, ninguém foi capaz disso. Mas não pode se esquecer de manter um bom relacionamento com o Congresso pois, Jânio e Collor, que também prometiam austeridade administrativa, acabaram caindo por falta de sustentação parlamentar.

A origem e a trajetória de Dilma indicam austeridade gerencial e administrativa e pouca atividade político-partidária. Oxalá seja ela capaz de imprimir o melhor sistema de administração da máquina estatal e tenha reunido os melhores auxiliares para, com ela, manter um relacionamento altivo, sadio e produtivo com a classe política. Que, unidos, todos possam apresentar aos brasileiros um período de política com “P” maiúsculo, onde os interesses estejam voltados exclusivamente para o desenvolvimento nacional e o bem-estar da população.

A dívida dos governos para com a população é grande. Há que se melhorar a Saúde, a Educação, a Habitação, o Trabalho, a Segurança Pública e outros itens diretamente ligados à sustentabilidade social. Desde o Plano Real, que controlou a inflação, o país vem galgando melhores patamares. A eleição do primeiro operário foi fato relevante, principalmente porque ele saiu do governo com boa avaliação. Agora, a primeira mulher traz novas esperanças.

Até por uma questão de bem-estar de todos nós, brasileiros, a torcida geral é para que essa primeira mulher presidente tenha condições de fazer um bom governo e de conduzir o país a melhores dias, com desenvolvimento e justiça social. Se conseguir, a democracia terá dado mais um grande passo e a mulher brasileira, finalmente, estará redimida de séculos de discriminação...


Nota do Editor: Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente da Polícia Militar do Estado de São Paulo e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

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